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"Não posso remediar erros, se é que foram erros, cometidos por homens mortos antes que eu nascesse. Já tenho muito o que fazer para reparar os meus próprios erros, e não viverei o suficiente para vê-los todos reparados. Mas farei o que estiver ao meu alcance, enquanto eu viver."

As Brumas de Avalon - A Senhora da Magia

2023

Sungi, Gaming

Palavras : 2154

ChanYeol acordou naquela manhã sem disposição nenhuma para se pôr de pé, encarou o despertador que fazia um som irritante e repetitivo por pelo menos 3 minutos antes de render-se a suas obrigações e desligá-lo, dando fim a tortura sonora que segun...

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ChanYeol acordou naquela manhã sem disposição nenhuma para se pôr de pé, encarou o despertador que fazia um som irritante e repetitivo por pelo menos 3 minutos antes de render-se a suas obrigações e desligá-lo, dando fim a tortura sonora que segundos atrás poluía o ambiente e o deixava zonzo.

Levantou-se apenas para abrir o armário e fita-lo da mesma forma que havia feito com o despertador. Seu olhar cansado, pesado e triste denunciavam sua falta de animação em estar indo para uma nova escola. Odiava aquilo, detestava mudar de escola por causa do bullying, mas foi preciso, afinal, se ele descontrolasse ou alguém souber de sua capacidade mágica, já podia ser considerado morto.

Vestiu a roupa mais discreta e confortável que pôde, sua fiel calça jeans e seu moletom quase sagrado, ambos de coloração negra, contrastando com o cabelo vermelho, assim como o all star surrado que calçava praticamente todos os dias de sua patética existência.

Os fios vermelhos insistiam em ficar desarrumados, e se era assim que queriam, era assim que ficariam "foda-se" pensou ChanYeol. Nem sua mãe sabia lhe explicar o porquê da coloração de seu cabelo, não era ruivo era vermelho, um vermelho escuro e opaco que definitivamente chamava mais atenção do que gostaria. Já tentou tingir os fio de diversas formas e teve falhas em todas para só assim aceitar mais um fato sobre si que não poderia mudar e muito menos ignorar.

Sentou-se na cadeira a frente de sua mãe durante o café da manhã, estava pronto para a ouvir o típico discurso de mãe protetora e preocupada e – de fato – ouviu, fingindo com excelência prestar atenção em todas as palavras que, por mais que diferentes das anteriores, carregavam o mesmo significado "não deixe que te amedronte mas não amedronte ninguém" somado a um "eu não sei o que faria se te perdesse então por favor, cuide-se"

Não é que não entendesse o lado da mãe, ele só estava de saco cheio mesmo, sabia que o ano seria igual, sabia que seria zoado por ser "esquisitão" mas sinceramente, estava pouco se fodendo, não tinha mais 12 anos de idade, era um jovem quase feito, passava por sua décima sétima década de vida e poderia dizer tranquilamente que não fazia ideia de quem era, mas sabia ignorar os outros como ninguém.

– E aí, maninho, vai querer ou não? - voltou a prestar atenção na realidade quando ouviu a irmã lhe chamar.

– É... pode repetir? - pediu sem jeito, denunciando que minutos atrás estava completamente alheio a qualquer frase que fosse dita.

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