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Por Hee Yuna...

Vários homens com suas capas negras entram pela porta do prédio, as pessoas que passavam ali nem notam a presença daqueles seres malignos.

Eu preciso fazer alguma coisa.

Corro até Nabi e a pego no colo, vou depressa até o meu quarto com ela nos braços e a sento na cama.

Vou até o criado mudo, abro uma das gavetas e pego uma seringa e o vidrinho com remédio.
Vou até minha filha.

- Nabi, feche os olhos. - peço a ela.

- Omma... - ela parece assustada.

- Filha, por favor feche os olhos. - ela faz o que digo e fecha. Sem esperar muito tempo aplico a dose perfurando seu pequeno braço.

- Omma... Dói... - ela faz biquinho pra chorar.

- Me desculpe, amor, mas é para o seu bem... - em alguns segundos Nabi adormece graças ao sonífero.

Pego ela nos braços e vou rapido para seu quartinho. Tiro o carpete felpudo cor-de-rosa e abro o piso de madeira.

Desde que Nabi nasceu, eu sabia que ela corria perigo, sabia que em algum momento isso aconteceria, a hora chegou.

Na abertura do piso, anos atrás fiz um tipo de câmara, coloquei minha filha ali e liguei o dulto de oxigênio artificial. Trabalhar em um hospital tem seus privilégios.

Deixei ela ali e tampei o piso. Cobri mais uma vez com o carpete e usei minhas habilidades de guardiã para encobrir o cheiro da minha filha.

Corri para a entrada, eles demorariam chegar, do jeito que são burros iram vir de escada já que desconhecem a palavra elevador e eu moro no 15° andar, tenho tempo ainda. Tranco a porta e jogo o maximo de proteção divina. Volto para meu quarto, pego a grande maleta em baixo da cama. Hora de pegar meus brinquedinhos.

Pego minha espada de ametista, um presente d'Ele. E coloco minhas duas adagas na cintura. Esses são os únicos tipos de armas que matam o que esta vindo me matar.

Ouço uma forte batida na porta da frente. Eles chegaram.

Batida atras de batida. Me escondo atrás da parede que separa a sala da cozinha e espero.

Um grande punho atravessa a porta. Mas graças a proteção divina, esse punho queima em brasas. Ouço um rosnado de ódio. Pela fresta, vejo quando o dono desse punho agarra um de seus parceiros e o prender na proteção, a fera pega de surpresa berra em agonia. E a proteção é quebrada. Eles entram e eu me escondo ainda mais.

Sinto quando um deles se aproxima de onde estou, enquanto ou outros vasculham o apartamento. Seguro firme minha espada e ataco. Enfio a espada diretamente em seu coração e aos poucos eles vai se desintegrado até não sobrar nada.

Os outros demônios alarmados começam a me atacar.

Corto a cabeça de um, parto em dois o outro. Eu realmente sou boa no que faço. Porem...

Um deles me agarra por trás e outro me dá vários golpes seguidos. E, caramba isso dói.

- Me soltem, seus... - recebo um tapa no rosto.

- Onde esta a criança? - pergunta o cara maior que parecia ser o líder. Ao lado dele tinha um grade cão da qual a raça provavelmente é desconhecida pela humanidade, ele rosnava e babava, no lugar da cauda do cachorro existia um grande ferrão de escorpião. Eca. - Eu perguntei, onde esta a criança?

- Por que não volta pro inferno, de onde nunca deveria ter saido? - digo com ódio.

- Ou me diz onde esta a criança, ou eu...

- Vai o que? Me matar? Fique a vontade. Nunca vou dizer onde ela esta, prefiro a morte! - ele ri mostrando seus dentes amarelos e podres.

- Então, que seja feita a sua vontade.

Vejo ele acenar para o cão, aquela coisa vem até mim e vejo quando sua calda de escorpião penetra minha pele.

O veneno me queima por inteiro, mas tudo que consigo pensar e em Nabi. Ah, me perdoe meu amor, mas a omma não vai poder cumprir a promessa de não te deixar.

Eu amo você.

A escuridão me domina.

Por Autora...

O corpo de Yuna caiu sem vida no piso de madeira. O anjo da morte, observava tudo. Uma lagrima solitária desceu por seu rosto.

Azrael estava naquele apartamento a alguns dias. Foi avisado que precisava buscar pessoalmente a alma de uma guardiã. Para ele era uma coisa comum, guardiões nascem e morrem todos os dias, assim como os humanos.

Ele só não esperava encontrar uma criança. Filha daquela guardiã. Em todos esses milênios, ele nunca viu um guardião ter decendentes. Eles são enviados, lutam e morrem. Esse é o ciclo.

E como se não bastasse, a criança não é filha apenas de uma guardiã, mas de dois. Não precisou de muito para Azrael entender o que iria acontecer.

Ele observou de perto o amor e dedicação que aquela guardiã dava a pequena criança. Mas como seria diferente?

A criança logo notou a presença dele, isso o deixo curioso já que nem a guardiã foi capaz de tal coisa. Ele sempre que podia conversava com a criança, ele explicou que logo sua omma precisaria partir. Mas a menina não parecia entender, era de partir o coração.

Mas ele estava ali para levar a mãe e não a filha, ele usou a menina para alertar a mãe que estavam chegando. Ele se surpreendeu ao perceber que aquela guardiã ja estava preparada. Ele viu quando a moça fez a filha perder a consciência e a escondeu no piso do quarto.

Ele viu a moça lutar bravamente, até a morte.

E agora ele assistia os demônios revirarem o apartamento em busca da criança. Ele queria ter o poder de mata-los, ah como queria. Mas isso não seria possivel.

Ele se aproximou do corpo da jovem e em poucos segundos a alma foi separada do corpo.

- Ela vai ficar bem? - perguntou o ser de luz ao seu lado.

- Não estou aqui para buscar ela, não se preocupe. Vamos embora. - ele pega a mão do ser de luz e os dois partem.

Ali no apartamento, os demônios reviram e quebram tudo. O cão estranho fareja tudo em busca da criança, mas não a encontra.

Quebra de tempo...

Horas mais tarde, os demônios foram embora. O corpo de Yuna continua imóvel no mesmo lugar.

Logo ali no quarto, a criança de três anos pisca os olhos tentando enxergar algo, mas falha.

- Omma? - ela chama. Mas ninguém responde. Ela olha para cima e nota um fresta por onde um pequeno fecho de luz passa. Ela usa toda sua força empurrando até a tábua se soltar. Ela tira o carpete rosa que era leve. - Omma?

Ela se levanta e anda pelo apartamento em busca de sua omma.

Até chegar na sala. E lá estava ela. A garotinha corre e se ajoelha ao lado do corpo de Yuna.

- Omma...Acoda... Omma... - ela chora, por que sua omma não acordava? - Omma!

Lágrimas descem sem parar. Por que seu coraçãozinho doía? Por que ela se sentia abandonada? Por quê?

- Omma, acoda omma! - mas nada acontecia. Sera que sua omma a havia deixado? Mas ela prometeu que nunca a abandonaria, por que ela quebrou a promessa? - Omma.... Pu favo, acoda omma! - chorava a menina desesperada.

De repente um homem desconhecido entra na sala. Quando a garotinha o vê, se assusta e corre rapido para o quarto e se esconde dentro do armário.

Quem era aquele?

Appa! - A filha de Min Yoongi Onde histórias criam vida. Descubra agora