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Yoongi dirigiu-se foi a um corredor largo, porém, pouco abitado já que parecia não levar a lugar nenhum. No fundo do corredor, permanecia apenas um quadro que para humanos comuns, não passaria de uma pintura feita por algum amador sem muito futuro. A pintura mostra livros por toda parte: livros voando, jogados de qualquer jeito, outros bem guardados nas estantes, livros até dentro de um aquário com peixinhos dourados nadando em volta. Mas o mais impressionante daquele quadro é que ele se mexia!

Os livros que para pessoas comuns estavam apenas presos no ar e dando a impressão de estarem voando, estavam realmente rodopiando pelo ar à volta de todos, dando curvas e cambalhotas e que deixaria qualquer um tonto, sem contar que soltavam sons parecidos com um avião de caça e também gritos como se alguém estivesse se divertindo muito ali dentro. Os que estavam jogados no chão parecia uma população comum de uma aldeia, eles eram capazes de se levantarem e se contorcer em em uma caminhada estranha e conversavam uns com os outros, enquanto outros pareciam dormir tranquilamente. Os que estavam nas estantes pareciam gemer em uma tentativa falha de se livrarem daquele lugar e ficarem soltos para brincarem por aí como todos os outros, mas devido ao seu conteúdo proibido, eles não eram permitidos descerem, pois poderiam contaminar outros livros ou até o quadro inteiro. Certos livros que estavam nos aquários, apesar de não ser o ambiente mais adequado para eles, pareciam se sentir muito bem ali. Eles eram especialmente feitos para o estudo das águas e seus frutos, então não se incomodavam em estarem redeados de peixes, quando os livros conversavam entre si, bolhas saíam da parte interna de suas capas, como conchas no mar.

Era realmente um quadro bem peculiar, até mesmo para Yoongi que já havia visto de tudo um pouco no mundo.

O rapaz se aproximou mais do quadro que apesar de não parecer muito grande à distância, ficava cada vez maior de perto. Quando Yoongi estava a poucos centímetros da pintura, a mesma já estava do seu tamanho, como uma porta.

Suga tocou no tecido pintado do quadro e o mesmo lentamente ganhou uma textura líquida como água. Um brilho prateado saiu da borda do quadro, era tão forte que poderia cegar quem olhasse por muito tempo. E então...

PUFF!

O rapaz desapareceu sem deixar nenhum vestígio.

🥀

Nabi e Suk estavam brincando de quem faz mais gols no jardim. Suk era muito gentil, ele sabia que a menina era muito pequena para pegar os seus chutes, então sempre dava um jeito de chutar fraco e na direção dela para que ela pegasse. E quando a garotinha jogava de modo fraco e desengonçado, o menino se lançava no chão de forma dramática e mesmo assim deixava a bola passar e dava a vitória para Nabi.

Apesar de doer um pouco sempre que ele caía, era gratificante ver o sorriso vitorioso da menina.

Mas, o que havia de tão especial ali? Por que quando estava com ela, ele sentia que não deveria nunca deixa-la? Por que sentia que deveria sempre mantê-la por perto? Que sensação esquisita era aquela?

Ele sabia que não era o único a se sentir assim. Seus irmãos se sentiam da mesma forma. Só que nenhum deles sabiam o que estava acontecendo. Mas em ambos, a sensação de proteção quando estavam perto da pequena menina era constante.

Ele mais uma vez se jogou no chão e propositadamente deixou a bola passar. Mas dessa vez o gol não provocou sorriso algum á Nabi, mas sim uma expressão de preocupação. A menina aproximou-se e ajoelhou-se perto do garoto maior e ele se sentou analizando o ombro que já estava bem vermelho.

- Suk, acho melhor não bincarmos mais dixo. Voxe tá se machucando muito! - seu rostinho entristeceu ao olhar mais de perto o braço do menino.

Appa! - A filha de Min Yoongi Onde histórias criam vida. Descubra agora