invisível ( único)

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Adaptação do conto 'A roupa nova do imperador' - Hans Christian Andersen.
com os personagens de kuroshitsuji Ciel & Sebastian
espero que gostem ♡

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Muitos e muitos anos atrás vivia um jovem conde que gostava tanto de roupas novas e bonitas que gastava todo o dinheiro que tinha com a sua elegância. Não tinha o menor interesse pela rainha, nem dava importância a ir ao teatro ou fazer passeios de carruagem pelo campo, a menos, é claro, que isso lhe desse oportunidade para exibir roupas novas.

Tinha trajes diferentes para cada hora do dia, e, assim quando as visitas apareciam em sua mansão o mordomo educado e paciente dizia "No momento o jovem mestre está ocupadíssimo no seu quarto de vestir." e ficava por horas de pé fazendo sala a eles

Não faltavam diversões na cidade onde o conde morava. Estrangeiros estavam sempre chegando e partindo, e um dia lá chegaram dois vigaristas. Afirmaram ser tecelões Grell e Undertaker disseram saber como tecer o tecido mais deslumbrante que se podia imaginar. Não só as cores e os padrões que criavam eram extraordinariamente atraentes, como as roupas feitas com seus tecidos tinham também a característica singular de se tornarem invisíveis a todos que eram inaptos para sua ocupação ou irremediavelmente burros.

"Mas que ótimo! Devem ser roupas maravilhosas", pensou o Conde "Se eu tivesse algumas dessas, poderia dizer quais servos não servem para seus cargos, e seria capaz também de distinguir os sensatos dos tolos. Sim, preciso mandar que teçam um pouco desse tecido para mim imediatamente."

Ele pagou aos vigaristas uma grande soma de dinheiro para que pusessem as mãos à obra no mesmo instante.

Os vigaristas montaram um par de teares e fingiram estar trabalhando, embora não houvesse coisíssima nenhuma nas máquinas. Astutamente, pediram a seda mais delicada e o mais fino fio de ouro, que prontamente guardaram em suas próprias bolsas. Depois trabalharam até altas horas com os teares vazios.

& &

"Como os tecelões estarão se saindo com seu trabalho?" pensava o Conde com seus botões. Mas um detalhe estava começando a deixá-lo aflito: o fato de que toda pessoa estúpida ou inapta para seu cargo jamais seria capaz de ver o que estava sendo tecido. Não que ele tivesse qualquer temor a seu próprio respeito – sentia-se absolutamente confiante sob esses aspectos – mas, mesmo assim, talvez fosse melhor mandar alguém lá para ver como as coisas estavam progredindo. Todos na cidade tinham ouvido falar do misterioso poder do tecido e estava ansioso para determinar a incompetência ou a burrice dos seus vizinhos.

_ Sebastian!! — O jovem exclamou de dentro de seu escritório

— Me chamou, Bocchan — O mordomo falou após entrar no lugar

— Vá até a oficina e veja como estão os preparativos para a minha nova roupa

— Yes my lorde

O mordomo se curvou em respeito e logo depois saiu da mansão pra cumprir a ordem do seu mestre

Assim lá foi o eficiente servo para a oficina onde os dois vigaristas estavam trabalhando com todo afinco junto a seus teares vazios.

"Oh, A verdade é que não estou vendo patavina!" O mordomo pensou com a mão no queixo Mas teve o cuidado de não deixar isso transparecer enquanto observava atentamente os dois homens trabalharem

— Sebaschan!

Um dos vigaristas se jogou nos braços do mordomo assim que o viu e depois pela mão o guiou até a roupa

— Então, não acha as cores e os padrões atraentes? — Grell Apontou o dedo para os caixilhos vazios, e, por mais que arregalasse os olhos, o pobre mordomo não conseguia ver nada, pois não havia nada ali.

A roupa nova do BocchanOnde histórias criam vida. Descubra agora