Capítulo 2

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Isso estava muito estranho. Se eu estava com medo? Claro! Ela pode ser uma psicopata querendo me matar. Ou pior. Esta garota deve ser louca só pode! Para oferecer uma carona para uma pessoa que ela nunca viu na vida.

-Ei cabeludinho - ouvi sua voz doce . Não respondi continuei olhar pela janela - Não vai me responder? - Perguntou botando a mão em meu ombro

-Não, é que isto é estranho - Falei.

-E só uma carona não um sequestro - Ela falou botando sua mão pequena em meu ombro me afastei e ouvi seu riso-Eu não mordo - Ela disse - Só se você pedir aí já é outro caso - Me virei para ela que mordia o lábio e sorria.

Agora tenho certeza que está garota e louca. Essa garota precisa urgentemente de um psicólogo. A viagem foi longa e silenciosa. Sempre olhava para o lado e ela estava a me olhar e rindo. Doente né?

Havíamos chegado na escola. Desci do carro de luxo o mais rápido que pude. Todos desviaram seus olhares para nos. Megan se botou ao meu lado sorrindo. Parecia que era adorada por aqui. Senti ela pegar em minha mão soltei logo e sai a andar até o meu canto. Que garota demente nunca a vi na vida e ela pega em minha mão. O canto era onde eu mais ficava era atrás da escola. Era o único local onde eu podia ficar sozinho sem ser zoado ou ter a cabeça dentro de um vaso sanitário.

Me sentei encostado na árvore de folhas amarelas. Peguei o meu caderno de poesias e o abri. Saquei o lápis da bolsa e comecei a escrever.

..Que a minha solidão me sirva de companhia.

que eu tenha a coragem de me enfrentar.

que eu saiba ficar com o nada

e mesmo assim me sentir

como se estivesse plena de tudo.

By:Idiota

-Escrevendo cabeludinho! - Dei um pulo e logo fechei o caderno ao ver o rosto pálido de Megan atrás da árvore.

-Deu para espionar os outros agora é - Falei me levantando e pegando minha mochila

-Desculpas, e que você nem se quer falou comigo - Ela disse com cara de triste

-E por que falaria, você só me ofereceu uma carona e nada mais - Falei saindo de lá e me encaminhando até a sala de aula onde tive a aula de matemática.

(....)

Depois da aula. Sai pelo corredor e fui ate o banheiro discretamente para que nenhum dos valentões me visem. Me olhei no espelho e eu tinha mesmo bastante cabelo.

-Ei olha se não é o Harry Potter - Droga olhei pelo espelho era o Valter Pereira o popular da escola.

-O que você quer! - Falei me virando para ele

-Só brincar - Senti minhas pernas se botarem no ar e depois mergulhei na privada suja e cheia de água. Quase me afoguei. Depois de uns 5 minutos me mergulhando lá ele me soltou no chão e saiu rindo. Eu estava vermelho que nem pimenta pois tinha falta de ar muito facilmente acho que era de família minha mãe tinha asma.

Me levantei com os cabelos pingando na roupa. Peguei minha bolsa e sai daquele inferno. O corredor estava vazio e silencioso. E por um momento escutei um ruído de Choro. Que vinha do banheiro das meninas. Me aproximei e vi Megan sentada no canto do banheiro a chorar. Ela parecia mal. Que se dane. Entrei no banheiro e me ajoelhei a sua frente

-Ei o que foi? - Perguntei levantando seu rosto

-O que aconteceu com você? - Ela perguntou com a voz rouca,seus olhos estavam inchados

-Nada não - Falei - Agora o que foi?

-E um assusto delicado - Fiz cara de que não entendi - E um assusto de menina - Ela disse por fim

-A, mas eu não posso te ajudar em nada? - Perguntei ela riu e Mexeu em uma mecha de meu cabelo molhado

-Bom só se você comprar um. Negocio para mim - Ela disse baixinho

-Pode falar que eu compro - Disse ela me entregou um papel com um nome estranho "Absorvente" e dinheiro

-Você encontra na farmácia ou mercado, não me pergunte pra que isto serve? - Ela disse sorrindo

-Tá, já volto - Falei e me levantei.

Sai da escola. Escondido? sim! Fui a farmácia mais próxima. Que lindo Henrique indo a farmácia comprar um tal de Absorvente para uma garota que você nunca viu na sua vida de idiota.

Depois de ter comprado o tal do Absorvente voltei para a escola. Todos me olhavam com o olhar de nojo e riam. Não sei bem o por que mas tá bom né. Pude avistar Megan sentada na grama do jardim. Pulei a cerca e fui até ela. Entreguei a sacola para ela e o troco. Ela riu

-Aí está - Falei sorrindo para ela

-Nem sei como agradecer - Disse

-Nem precisa - Falei. E logo senti sua boca na minha. O droga isto é. Ela me beijou que merda o que eu faço. Estava em desespero total bom vamos lá. Segurei seu queixo levemente e logo a vi correndo e sorrindo para dentro da escola. Se eu queria? Não! Se eu gostei? Sim!. Não posso crer. Senti algo dentro de mim. Fui para diretoria recebi sermão da minha mãe mas nem isso me fazia parar de pensar naquele beijo.

O Diário De Um Garoto IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora