Imagine

Capítulo 19

Decidido isso, Isabela, já com muita raiva e inveja de Melissa, criou um perfil anônimo na página da antiga escola delas e publicou para que todos os alunos fossem para o pátio no recreio do dia seguinte para terem uma surpresa.
Tinha planejado tudo, desde como ia levar Melissa para lá, o que não seria difícil se ela seguisse o post até qual seria o meio no qual iria molhá-la.
Estava chegando a hora de tudo acontecer. Como planejado, Melissa realmente foi para o pátio. Isabela já estava com uma garrafinha cheia de água para jogar nela, só faltava puxá-la para o centro do pátio para todo mundo da escola ver.
Tomou coragem e a pegou pela mão e levou para o meio, ficou apertando seu pulso para que não conseguisse se soltar, abriu a garrafa e jogou principalmente na cara dela com muita "força". Era possível ver a raiva na cara de Isabela, toda sua fúria e inveja estavam sendo vingada naquele momento, agora todos iam saber do segredo de Melissa.

Isabela: É isso mesmo que todos vocês estão vendo. Agora todo mundo vai saber do segredinho dessa garota que eu tenho nojo de um dia ter chamado de amiga. Ela é a queridinha de todo mundo, mas no fundo ela não é NADA, não serve para nada além de magoar as pessoas e se importar somente com si mesma.

Enquanto Isabela falava isso, Melissa já estava se transformando em uma sereia. Não teria mais volta.
Sua cauda já estava quase 100% definida, até que a professora Ana chegou e puxou ela de lá.
Não foi rápido o suficiente para que ninguém tenha visto, mas só de tirar Mel de lá, já foi um alívio, não teria que olhar na cara das pessoas que a pouco tempo estavam a seu redor.
Melissa estava se perguntando como a professora Ana sabia de tudo, talvez seus pais tenham contado. Mas por que não mencionara nada com ela?
Se deu conta que estava sendo levada para o banheiro, lá tinha secadores de cabelo, onde podia se secar. Feito isso, professora Ana começou a explicar tudo.

Ana: Você deve estar com um monte de dúvidas, certo minha querida? Vou te poupar e explicar tudo de uma vez. Sua mãe não deixaram eu te falar isso antes, mas eu também sou que nem você, tecnicamente somos parentes, mas de segundo ou terceiro grau, não me lembro. Estou aqui nessa cidade tentando descobrir a doença que matou seu pai, tenho descoberto algumas coisas, mas nenhuma leva a um ponto por enquanto. Sua mãe disse que se algo acontecesse aqui na escola, eu deveria a notificar, para de mudarem rapidamente, eu já fiz isso, ela já deve estar a caminho daqui. Sinto muito que isso esteja acontecendo, sei que é difícil.
Melissa: Isso é muito pra mim. Não quero ter que me mudar de novo, não quero ficar longe daqui, logo agora que já estava me acostumado, não quero ficar longe de você professora.
Ana: Eu sei querida, também não quero. Antes de ir, quero que fique com isso, é de um dos mares aqui de perto, sempre que sentir saudades daqui, olhe para isso. Leve junto essa caixinha para te ajudar na sua nova cidade.

(caixinha com algumas fotos dentro ↑)

(colar que a professora Ana fez com a concha que ela encontrou)

Melissa: Obrigada, por tudo. Vou sentir muita saudade.