7. It is what it is

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O dia seguinte havia chegado e era finalmente sábado, e isso significava que as duas não teriam realmente um limite para ficarem juntas. Lisa chegou na casa de Jennie com uma folga de tempo, e quando estacionou a bicicleta no mesmo canto empoeirado de sempre ela tirou da garupa todas as telas pintadas por ela até aquele dia.

Jennie que acabava de entrar na garagem franziu o cenho tentando entender o motivo para Lisa estar com as telas, e dando de ombros ela apertou a caixinha dentro do bolso do moletom na intenção de ganhar a coragem necessária.

— Hey você! - Jennie disse chamando a atenção de Lalisa.

— Olá garota que desbancou o Van Gogh e Picasso!

— Tudo bem, eu não tenho dinheiro para te dar! - Jennie brincou sobre a bajulação de Lalisa.

— Poxa, só porque eu trouxe minhas telas para te vender! - Lisa também brincou, e elas se sentaram nos bancos de sempre.

— Que triste não, é? - Jennie riu batendo o ombro no de Lisa levemente. — Mas, para quê as trouxe?

— Para te contar uma história.

— Uma história? - Jennie foi pega de surpresa.

— Yeah! Esta tudo conectado.

— Então me conte essa sua história conectada aka teoria da conspiração.

— Preste atenção na história! E não me interrompa garotinha. - Lisa disse assim que Jennie iria falar algo. — Então, havia uma garota que sempre teve muito medo de ser quem é, por que ela não queria perder o que achava que tinha. Essa garota tinha vários amigos, inclusive os jogadores de lacrosse e as líderes de torcida; ela era conhecida em todo o colégio e quase todos matariam para ser amiga dela.

"E mesmo tendo tudo isso, essa garota se sentia vazia. Quase o tempo todo! A exceção era quando ela estava com sua melhor amiga. Quando ela estava com sua amiga tudo ganhava vida, quase como se ela trouxesse cor para seu mundinho preto e branco; o problema é que essa garota não conseguia se soltar e deixar que aquele sentimento que sentia quando estava com a amiga aflorasse. Então todos os dias essa garota engolia a enorme vontade de abraçar, beijar e dizer que amava sua amiga."

"E talvez as coisas continuassem dessa forma se a amiga não tivesse feito uma proposta irrecusável para a garota. Em um misto de interesse, por poder passar mais tempo com a amiga, e ciúmes por ela estar gostando de alguém, fez com que essa garota aceitasse aprender sobre pintura. Que desastre! A garota não sabia nada sobre pintura e sequer era sentimentalista ao ponto de ser chamada de artista; diferente sua melhor amiga."

"A primeira tarefa foi por água abaixo quando elas escutou a história do Sol e da Lua, como poderia um conto se parecer tanto com a história dela? Quer dizer, ela amava alguém que não poderia ficar junta, ao menos era o que ela pensava. No entanto, a segunda tarefa foi mais produtiva, e ela pintou flores desabrochando... sua amiga não entendeu o conceito por trás daquilo. E ela prometeu explicar, pois aqui está a explicação: as flores se abrindo é uma analogia á seus sentimentos pela amiga, a garota está pouco a pouco se abrindo e se permitindo sentir."

"Depois elas pintaram frutas, e a garota desenhou uma maçã, o significado por trás da fruta é amor, desejo e sedução. E o que ela quis dizer com tudo isso?" - Lisa se virou para olhar Jennie nos olhos, e ela se sentia tremer dos pés a cabeça enquanto Jennie tinha os olhos arregalados e a boca aberta em choque. "O que eu dizes foi: você me seduz, seu jeito, sua beleza, seu sorriso. Eu te desejo, desejo estar com você, desejo fazer coisas que namorados fazem com você, te desejo como mulher. E eu te amo... eu amo seus olhos, amo seus lábios, amo seu sorriso cansado, amo suas caretas, amo sua inteligência, amo sua personalidade; eu amo tudo em você, Jennie."

Van GoghOnde histórias criam vida. Descubra agora