Aimee
“Vá lá Aimee!” – Elas riram, enquanto me puxavam para perto dos seus namorados.
“Não, não meninas. Eu não quero…” – Sussurrei, não querendo dar muito nas vistas mas parecia que elas não se importavam com as pessoas que passeavam pelo átrio da escola.
Finalmente conseguiram empurrar-me para perto deles e rapidamente me largaram enquanto riam e se agarravam aos namorados. Suspirei observando o chão bastante desconfortável, levei a minha pequena mão ao meu braço esquerdo, massajando o mesmo.
“Luke, anda daí! Não vais ficar a fazer de vela, elas trouxeram uma amiga!” – Um rapaz de cabelo vermelho, deduzo que seja Michael, gritou alto e ouvi passos pesados a dirigirem-se para nós.
Elevei o olhar, vendo uma figura demasiado alta sair da sombra que uma árvore proporcionava. O seu rosto era tapado pelo capucho do seu casaco preto de ganga com as mangas e o capucho em tecido. Assim que chegou perto de nós, retirou o capucho, revelando o seu rosto e o seu cabelo loiro puxado para cima. Engoli em seco, admirada com tamanha beleza que um simples humano podia transportar. Os seus olhos colidiram com os meus, podendo ver o azul-escuro dos seus olhos como o mar em tempestade. Ele riu mais uma vez, desta vez de forma sínica. Eu pude reparar que, a metros de distância, era possível inalar o cheiro a tabaco proveniente das suas roupas. Lembra-te do que a tua mãe te diz! Uma vozinha fina ecoou na minha cabeça. Eu não me podia dar com pessoas dessas, a minha mãe sempre me avisara e aconselhara para tal.
Apenas fiquei a observar o tal rapaz, cujo seu nome me era desconhecido. E por segundos jurei ver os seus olhos pedirem ajuda. Ignorei tal e todos nos encaminhamos para dentro, em direção à sala de convívio. Sentei-me numa das cadeiras, enquanto observava o meu livro de psicologia. Desviei o meu olhar para o relógio, vendo o quão atrasada me encontrava para as aulas de violoncelo.
“Porra!” – Guinchei de forma baixa e rapidamente peguei na minha mochila guardando os meus pertences, coloquei a alça da mesma no meu ombro preparando-me para sair.
“Já vais?” – Ingrid questionou, olhando-me com o seu lábio inferior a tapar o superior, criando assim um pequeno beicinho.
“Oh sim, eu estou muito atrasada para a aula de violoncelo!” – Falei de forma rápida, mas percetível, acenei-lhes, dirigindo um último olhar ao rapaz loiro que não me olhou de volta.
***
Suspirei de alívio, colocando o violoncelo dentro da sua capa, devidamente arrumado com o arco. Tocar violoncelo esgotava completamente as minhas energias, mas estava a fazer algo de que eu gostava seriamente e por isso continuava a praticar até à exaustão. Despedi-me da professora e dos meus colegas.
Sai da sala, cambaleando um pouco devido às coisas que os meus ombros e braços carregavam. Caminhei de forma apressada e desajeitada até ao portão da escola, aguardando silenciosamente a chegada da minha mãe. Mal o Audi branco apareceu na entrada, dirigi-me até ao mesmo, guardando tudo na bagageira.
Durante o caminho, fui respondendo às típicas perguntas que a minha mãe me fazia todos os dias, enquanto isso observava as gostas de água escorregarem pelo vidro do carro. Um corpo revestido por roupa preta e encharcada despertou-me a atenção. Era possível ver cabelos loiros escaparem pelo capucho e logo deduzi que fosse o tal rapaz que não queria fazer de vela ao pé das minhas amigas e dos seus amigos. Ele tinha uma expressão melancólica. Ele parecia sozinho, abandonado, sei lá, talvez ele estivesse desamparado, á procura de alguém o amparasse e que fosse o seu pilar para ele se equilibrar.
➸ Hi flowers!! Sim, nova fanfic... But eu tive uma ideia genial e eu queria compartilha-la com vocês, por isso aqui está!
➸ Espero que gostem da nova fic, eu irei começa-la em breve, talvez dia 18 deste mês, eu quero adiantar capítulos ;)
➸ P.s.: as outras fanfic estão em hiatus, apenas esta e a Margaret é que não estão :)))
VOCÊ ESTÁ LENDO
Helpless ➸ l.h
Fanfiction"Eu passei a maior parte da minha vida a tentar não chorar em frente das pessoas que me amavam. Engoli o choro e olhei para cima. Eu disse a mim mesmo que se eles me vissem chorar, isso ia magoá-los, e tu apenas não vais ser nada mais que uma triste...