Sem inveja de onde estão
dos risos que soltam estando presos em si
Tenho vontade de ter paredes que manifestam lar
Do colchão quente exalando paz mesmo se a vida me trouxer agitos que só ela traz
De dar passos sem pensar
Andar sem me incomodar
No lugar que me habito
Achei que daria viver mais uns meses
Rolar pra frente o insossego
Mas é intransponível está inquietação
De viver sem aconchego, sem coberta, sem teto pra descansar
De deitar na cama só pra dormir
Sem poder me largar
Convivendo com o desprezo
Não consegui naturalizar
Uma realidade infernal, além da que já vive em mimSeus risos não me incomodam
Nem os milímetros que andam
Me pontuam o desamparo de quem mais acolhi
A presença de quem mais sofri
A solidão no meio dos instrumentos
Deles vivi
Agora é o momento de ir
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Tempos sobre mim
Poetryaqui escrevo vivências pessoais numa forma particular de desabafo