capítulo 13.

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Maria Luisa

Ele tava on-line, resolvo respondê-lo com um simples "obrigada" e vou novamente no perfil dele, ele não tinha mais a foto com a menina, tento achar o perfil dela e quando acho, ela também não tem mais foto com ele e nem o usuário dele no perfil.
Resolvo sair do insta, tento dormir e depois de um bom tempo eu consigo.

***

Era sexta, não tive aula, resolvi correr no parque, tava muito sedentária. Talvez sair um pouco ajudasse, essa semana passei correndo atrás da papelada da transferência.
Assim q cheguei, amarrei o cadarço e começei a correr, o parque tava bem movimentado, algumas mulheres fazendo ioga, um pessoal assim como eu estavam correndo, crianças brincando e as babás olhando, casais namorando e idosos jogando dama. O dia estava bonito, era três da tarde, ventava bastante, confesso que não me lembro a última vez que vim aqui, mas gostaria de vir mais vezes.

Depois de um tempo parei para tomar uma água, quando olhei pro lado vi João sentado, encostado em uma árvore sozinho - Oii - me sentei ao seu lado.
João: Eaí - ele deu um sorriso - não sabia que frequentava esse parque.
- eu não frequento.
João: Tá me seguindo é? - brinca e eu dou risada.
- Tô, confesso que sou uma fã sua e que eu tenho vários posts' seu na minha parede - faço graça e ele dá risada da voz que eu faço.
João: falando sério, o que te trouxe aqui.
- As pernas be - ele bate no meu ombro de leve dando risada.
- É sério agora, resolvi correr um pouco.
João: Ah sim, espera aí - se levanta indo em direção a um carrinho de sorvete e logo volta com dois sorvetes - escolhe.
Pego o de maracujá e agradeço.
João: que bom que não escolheu o de chocolate, eu não iria dar mesmo.
- E pra quê oferece então?
João: eu sou educado tá.
- E você, por que te encontrei sentado sozinho com uma cara de cachorro abandonado? - ele sorri.
João: Briguei com a coroa, depois que sai da faculdade eu resolvi ficar um pouco aqui, fazer hora.
- Qual foi o motivo da briga?
João: Ela reclamou que eu não paro em casa, que eu não fico um pouco com ela e que não tô me dedicando a faculdade. Mas na real? Ela vive trabalhando e quando chego em casa ela tá na confeitaria ainda. E a noite ela vai ver as novelas dela e eu odeio novela - leva o sorvete a boca - eu me dedico sim a faculdade, até demais.
- Sobre a faculdade, mãe é assim mesmo, sempre exigindo mais, isso é com todas, só muda o endereço. Quanto a falta que sua mãe sente de você, procure algo que os dois gostem, converse com ela, você podia tirar pelo menos um domingo no mês pra ficar com ela - olho pra ele.
João: valew, vou ver algo que a gente goste - ele levanta, joga o copo fora e volta - você nunca falou do seu pai.
- Eu não o conheci. Minha mãe me disse que eles se conheceram em uma viagem que ela fez pra Minas. Eles saíram, me conceberam - apontei pra mim sorrindo e ele sorriu também - e depois ela voltou pra cá. Meses depois ela tentou procurá-lo, mas não encontrou nada dele, o homem sumiu do mapa, minha mãe achava até que ele morreu.
João: Pelo menos antes de morrer ele fez uma coisa certa.
- O que? - olho pra ele.
João: você - ele sorri.
Fico com vergonha, e sem saber o que responder. Me levanto, jogo meu copo fora e volto - Fala do seu pai.
João: Não tem muito o que dizer, ele é fechado, vive pro trabalho e torce pro Vitória - ele olha pro pôr do sol e eu também.
João: merece uma foto - tira a foto e depois vira a câmera e tira uma foto comigo.
- Eu tô péssima - me manda a do pôr do sol e apaga essa.
João: eu preciso dessa foto pra mostrar para polícia depois, tenho que ter provas de que você tá me perseguindo - me entrega o celular e eu coloco o meu número.

Depois que ele me manda, eu resolvi ir, ele me oferece carona e eu como não sou besta, aceito.

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