Capitulo 3

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Manu

Lar doce lar! Depois de dois dias naquele hospital, a médica nos liberou. Meu Bê era a coisa mais linda do mundo! E era preguiçoso igual a mãe! RF estava a felicidade em pessoa, e eu também. Assim que abrimos a porta de casa, todos os nossos amigos estavam sentados nos sofás, incluindo a Júlia, o Davi e o Marcelo.

- Ah, não! - provoquei e eles fizeram cara feia.

- Vai pra merda, me dá meu sobrinho aqui. - Juan disse pegando o Bê do meu colo.

- Amor, cê da conta? - perguntei, olhando dele pros meninos, Rafael riu.

- Tá tudo dominado, pode tomar seu banho em paz. - dei um beijo nele, peguei as bolsas e subi.

Ajeitei o berço do Bê, depois fui pro meu quarto, separei uma calcinha e um vestido preto longo. Liguei o chuveiro, e mofei por uns 30 minutos lá dentro, resolvi sair, sequei meu cabelo, escovei os dentes, coloquei a cinta, me vesti, então desci.

- Cadê meu filho? - perguntei descendo.

- Tá aqui. - RF disse, sentado ao lado do MM, que estava com o Davi.

- Quem diria hein. - Rangel disse assim que me sentei ao lado do RF.

- Logo vocês dois. - Claudinho provocou.

- Logo essas duas! - Monica disse e as meninas riram.

- Ai, da licença. - falei e eles riram.

Deitei a cabeça do ombro do RF, enquanto todos começaram a conversar, bem baixo já que os meninos estavam dormindo. E eu estava quase dormindo, mas meu marido é implicante e não deixou, então me sentei direito, e fiquei olhando pro Bernardo.

- Vamo começar a levar o Bê pra casa das prima quando? - ouvi Juan perguntar e fechei a cara.

- No dia que você quiser morrer! - retruquei e os meninos riram.

- Vai ser inevitável pros dois. - Rangel disse.

- No dia que vocês fizerem isso, eu proíbo vocês de chegarem perto deles! - Ju disse fechando a cara também.

- Cês vão parar de estressar minha mulher ou o que? - RF falou firme quando viu que Juan ia rebater.

- Vocês são chatos. - soltei e eles riram.

Peguei o Bê, e subi, já que estava na hora dele comer. Me sentei na poltrona que ficava ao lado do berço dele, e RF sentou no chão, na minha frente. Ajeitei o Bê no meu peito, depois olhei pro Rafael.

- Eu te amo. - falou baixinho e eu sorri.

- Mais que tudo no mundo. - completei e ele sorriu.

Quando o Bê enfim largou meu peito, Rafael pegou ele, e o fez arrotar, depois deitou ele no berço, ligou a babá eletrônica e nós descemos. Me sentei no colo no Rafael, e fiquei olhando pela babá eletrônica.

- Relaxa vida. - disse me olhando, eu assenti e comecei a conversar com os meninos.

Quando deu a hora do Davi comer, a Júlia e o Marcelo foram pra casa, e o pessoal resolveu ir também, segundo eles porque eu e RF merecíamos descansar. Não reclamei, afinal, eu queria ficar sozinha com meu marido, e não queria que eles acordassem o Bê.

Então assim que eles fecharam a porta, Rafael e eu nos entreolhamos, depois corremos pro quarto, tudo em silêncio, óbvio. Liguei o ar, enquanto RF tomava um banho, coloquei a babá eletrônica ao lado da cama e fiquei olhando.

Lembrei de cada momento da minha história. Quando terminei, quando vi o RF pela primeira vez, nosso primeiro beijo, as vezes que briguei com ele, quando sai do morro, quando voltei, quando ele me pediu em casamento, quando fui até a delegacia atrás dele, nosso casamento, e agora, nosso filho!

Agora eu era mãe real e oficial! Suspirei. RF saiu do banheiro de toalha, com um sorriso, como sempre, passou e eu fiquei olhando. Que sorte a minha! Ele piscou pra mim, então foi pro closet, colocou uma cueca, voltou e se deitou ao meu lado.

- É Rafael, quem te viu, quem te vê. - provoquei e ele deu um sorrisinho.

- Tudo tinha que ser com você. - respondeu me olhando, então deixei uma lágrima cair.

- Só ia dar certo se fosse com você. - e ele segurou meu rosto. - Deu certo. E ainda vai dar mais!

Ele sorriu, então me abraçou. Ficamos agarrados até o Bê chorar, RF levantou com um pulo, e correu pra pegar ele. Eu ri, e fiquei esperando. Até que ele voltou, olhando pro Bê.

- Tava com saudade do pai, né? Eu tô ligado. - soltou. - A Fera tá aqui também. Cê tá ligado quem é, né? A Fera é a sua mãe, você ainda vai entender porquê.

- Amor. - falei rindo e ele sorriu.

- Cria tem que saber a verdade, pô! - e se sentou ao meu lado. - Né não, meu filho?

Paty no Morro - 2ª temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora