Descobertas

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    Que merda esse garoto está falando? Se ele continuar falando essas coisas eu não vou responder por mim.

- Que merda você tá falando? - A raiva deixava minha visão turva.

- Jughead, você é tão bom investigador e ainda não entendeu? - Ele se senta na cama que havia na sela. - Eu falo tudo. Porém, só falo com a Betty. - Então ele deita. - Você que sabem.

   Não, a Betty não podia ter mais esse problema. Em um movimento brusco e rápido me movo, pego o molho de chaves que estava posta sobre a uma mesa e agarro as grades da cela, mas sinto alguém me puxando para trás.

- Jughead para! - O xerife Keller estava na minha frente segurando o meu rosto entre as mãos. - Pensa! Ele pode falar tudo pra Betty.

Luto para me desvencilhar de quem estava me segurando e me deparo com o Sweet Pea, então sem penar dou um soco em seu rosto. O xerife Keller iria falar algo mais o Sweet Pea se pronunciou.

- Tá tudo bem xerife. - O mesmo fala passando a mão em sua bochecha, onde segundos antes a minha mão havia pousado.

- Jughead o que você está fazendo? - Agora Toni me olhava com reprovação.

- É melhor você sair daqui Jughead. - O xerife Keller estava sério. - E traga a Betty... Ou eu mesmo vou buscá-la.

   Todo mundo só pode estar louco! Tyler de novo tendo o que queria.

Betty

   Depois de muito procurar Jason por toda a Tornhill e nos locais ao redor dela, e e Cheryl não achamos nada.

   Mas eu acho que sei o que está acontecendo, talvez eu possa saber onde está Jason... Mas não quero dar falsas esperanças para Cheryl, e outra, quanto menos pessoas envolvidas nisso, melhor será.

   Antes que eu pudesse falar algo, meu celular vibra, pego o mesmo e vejo que era Jughead.

Será que você pode vir na delegacia? É urgente.

Estou indo.

   Guardo o celular no bolso e fito a ruiva.

— Eu preciso ir lá na delegacia, Jughead disse que é urgente.

— Eu vou com você, preciso falar com Toni.

   Fomos caminhando juntas até a delegacia. A rua estava deserta, o que era muito estranho, pois o sol estava brilhando como nunca — coisa que raramente acontecia.

   Quando chegamos, entramos e já consegui ver um monte de pessoas vestindo jaquetas pretas, uma aglomeração.

   Todos se viram para encarar eu e Cheryl, então pude ver o descontentamento no tosto de cada um, principalmente no de Jughead. Seu maxilar estava trincado, e pude perceber que cada músculo de seu corpo estava rígido.

— O que está acontecendo?

— Finalmente. — Escuto uma voz atrás dos serpentes, pude ver Tyler debruçado nas grades.

   Meu coração endurece.

— Gostei do novo estilo. — Um sorriso de escárnio estava estampado em seu rosto.

— Nós prefaciamos que você interrogue ele Betty. — Xerife Keller se direcionava a mim.

   Olho um pouco desconfiada.

— Mas por que? Você não podia fazer isso? — Não queria ter aparentado grossa com o senhor Keller, mas o Tyler me tirava do sério.

— Ele falou que só fala com você...

   Olho para Jughead, e só agora eu pude entender o porquê de seu mau humor — eu o entendia perfeitamente.

   Sinto como se fosse um soco em meu estômago. Engulo em seco.

— Vamos fazer isso logo. — Cerro os punhos.

   Meu olhar recai novamente no garoto com o gorro, nossos olhares se cruzam, e eu consigo sentir meu coração palpitando novamente.

— Nó vamos sair para que você consiga interrogar ele aqui. — Xerufe Keller estava prestes a sair da sala, mas Tyler chama a sua atenção.

— Podem me tirar daqui, vocês não podem me deixar preso.

   Vejo Jughead cerrando os punhos, e então ele passa como uma bala entre todos naquela pequena sala, e sai dali antes que pudéssemos trocar uma palavra.

   Os serpentes e a Cheryl começaram a sair um por um, até que permaneceu na sala apenas eu e o idiota do Tyler.

   Sua cela agora estava aberta, lhe dando o passe livre de ir e vir.

— O que você tem pra me contar? — Eu permanecia de pé, fuzilando o garoto com os olhos.

— Calma, senta. — Sua voz agora havia ficado séria.

    Sem mais delongas eu puxo a cadeira da mesa do xerife e me sento, ficando de frente ao garoto.

— Eu sei que você sabe de tudo, você é esperta.

   Meu coração soca a minha caixa torácica, eu tinha medo que esse dia chegasse.

— Você precisa contar para eles, Hiram Lodge está pior do que nunca... Quem fingiu ser o Hiram para a Verônica foi o Nick Sinclair...

  Aquelas palavras pesaram em minha mente. Minha respiração ficou ofegante, como se mais nada tivesse saída.

— Mas ele vai me levar junto! — Me torno a levantar em um solavanco.

   Lembranças daquela noite me arrebataram como os flashbacks mais violentos.

   Nas férias de verão passado... Quando pensei que tudo havia acabado com a prisão de Hiram Lodge... Eu e Jughead havíamos terminado novamente, por motivos bestas.

   O garoto ainda insistia que os serpentes eram perigosos, não sei porquê, já que eu era a rainha Serpente.

   Cometemos erros o tempo inteiro.

   A parte de mim que eu escondia, que eu temia que viesse a tona, veio bem naquele instante, quando eu estava vulnerável, sem a minha âncora.

   Momentos de raiva chegaram, e eu tive que fazer algo... Então eu coloquei fogo na casa do Nick Sinclair com Tyler.

   Começo a andar de um lado para o outro.

— Por que você continuou com as mensagens? — Fito o Tyler.

   O garoto se levanta rapidamente e me segura nos braços.

— Não fui eu Betty! Hiram não confia em mim, ele só finge! E eu sei disso... Ele sabe o meu ponto fraco!

   Me desvencilho de suas mãos.

— Se não foi você, foi quem? Sei que Nick não faria isso, não teria coragem.

   Ele me encara.

— Não fui eu quem vem te mandando mensagem... Eu estava querendo te protejer merda! — Sua pupila estava dilatada. — Você não vê? Eles pegaram a Polly... Depois o Jason, a próxima é você!

   Arregalo os olhos.

   Então tudo estava acontecendo mesmo... Eu ainda não podia acreditar que o meu pesadelo estava vindo à tona.

— Polly está morta Betty, ela está morta.

I'm a QueenOnde histórias criam vida. Descubra agora