ÚNICO

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Observo as mulheres no bar, procurando pela vítima dessa noite.

Não que elas se achem vítimas quando estão por baixo de mim na cama, mas gosto de pensar assim. Que elas são vítimas do meu charme. Elas nunca resistem. Não importa a cor do cabelo, o tamanho dos seios, a cor dos olhos, o tamanho da bunda. Elas sempre vão acabar comigo no final da noite.

E no dia seguinte, vão ser apenas uma lembrança em minha mente.

Tomo um longo gole da minha bebida escutando a música eletrônica que me deixa enjoado. Vejo várias mulheres dançando, algumas com caras desconhecidos, outras com suas amigas, mas é apenas uma que prende a minha atenção.

Ela é ruiva.

Não um ruivo pintado, mas um ruivo natural, laranja, cheio de vida em meio à pista de dança escura. Ela usa um vestido curto, preto, tomara que caia que é grudado em cada curva de seu corpo, inclusive seus seios, que estão empinados e me fazem fantasiar sobre passar a língua e a mão sobre eles. Ela aparenta estar sozinha e dança como se ninguém fosse bom o suficiente para ser digno de sua atenção.

Acontece que sou confiante o suficiente para tentar.

Ela ergue os braços, fazendo seu vestido erguer um pouco e então vejo. A tatuagem em sua coxa, apenas um pedaço na verdade. É uma espécie de marca, não sei identificar. Mas se eu tiver sorte, terei chance até de passar a boca ali.

Se eu tiver não. Vou ter.

Deixo minha bebida no balcão do bar e começo a andar em direção a pista de dança. Uma loira tenta me puxar para dançar, mas nesse momento só estou interessado na ruiva. Apenas na ruiva. Ela não me vê chegando, já que está de costas, mas solta um gritinho quando coloco minhas mãos em seus quadris e começo a me mexer junto com ela.

A ruiva vira a cabeça e seu olhar se encontra com o meu. Mais um item adicionado à lista: Olhos penetrantes. Malditos olhos penetrantes. Quando eu coloca-la contra mim, não a deixarei fechar esses malditos olhos. Vai ser a minha perdição.

Ela sorri de um jeito confiante. Um jeito que me faz sorrir também e ao invés de me afastar, a ruiva gruda mais seu corpo no meu. Nesse momento não odeio músicas eletrônicas. Nesse momento só quero mexer meu corpo no dela.

Nós dançamos a música inteira com nossos corpos colados e contenho a vontade de virar seu rosto e beija-la quando seus braços rodeiam meu pescoço por trás e ela solta um gritinho.

— Qual seu nome? — Digo um pouco mais alto que a música e a mesma vira seu corpo, pegando minhas mãos e as colocando em sua cintura, novamente rodeando meu pescoço com seus braços. Posso ver seu suor em sua testa, assim como sei que estou suando também. E nesse momento, isso é sexy.

Ela ergue a sobrancelha em desafio e não responde, ainda dançando. Aproximo mais nossos corpos e agarro seu cabelo com uma mão, quase o puxando. O tom de vermelho me deixa excitado e louco por essa desconhecida.

— Não vai dizer? – Retorno a perguntar. Ela morde o lábio inferior e quando a música acaba a mesma se afasta. Sorrindo maliciosamente.

— Não é necessário bonitinho, e não estou interessada, aliás.

É a minha vez de erguer a sobrancelha.

— Não está interessada? Olhe para mim, eu sou uma delícia. — Digo levantando minha camiseta e mostrando meu abdômen. Seu olhar cai e sua boca se entreabre. Conheço esse efeito. Não importa qual seja seu tipo.

Scorpius Malfoy é o tipo de todas. Aliás, eu sou Scorpius Malfoy. Um maldito amante das mulheres que nunca se viciou em um pedaço de saia só. Mas ao olhar para essa ruiva, com esses olhos verdes e essa boca vermelha e tentadora, posso mudar meus conceitos.

ConfianteOnde histórias criam vida. Descubra agora