Codinome "Owl"

Descoberta

- “Owl?”

- Diga Park! – Falei descontraída ao atender ao telefone

- “Preciso que veja o vídeo das câmeras de segurança de um lugar.”– Meu amigo falou agitado.

- Qual? – Perguntei já digitando códigos em meu computador.

- “Irei mandar por mensagem.”

A mensagem chegou e em poucos minutos eu já estava assistindo as gravações daquele dia.

- Qual horário eu devo ver?

- “Mais ou menos 2h da manhã de ontem.”

- Okay... Pronto! – Respondi apertando o “play”. – Tem quatro homens principais no vídeo, parece uma negociação...

- “Algum deles parece algum policial daqui?”

- Não... Pera! Droga! – Exclamei dando um pulo na cadeira.

- “O que?!” – Meu amigo perguntou preocupado.

Bzz... Bzz...

Ouvi meu celular de segurança vibrar dentro da gaveta. “Mensagem?” Não era muito normal eu receber mensagens, ainda mais em meu celular de segurança, poucos tinham acesso ao número. Abri a gaveta e olhei a mensagem na tela.

             “Fuja agora!”             

            – Runner

- Aiiish! – resmunguei já levantando rápido e começando a pegar mochila.

Comecei a juntar fitas e outras coisas importantes correndo. Aquela mensagem era um aviso e eu precisava sair de onde eu estava o mais rápido possível. Meu esconderijo havia sido descoberto.

- “Owl? O que está acontecendo?” – Jimin, meu amigo, começou a perguntar quase gritando pelo telefone.

- Fui descoberta.

- “O quê?? Como??”

- Acharam meu esconderijo Jimin! Não tenho tempo para pensar agora, tenho que fugir rápido! – Disse terminando de fechar a bolsa e colocando o notebook no compartimento de traz da mochila. – Eu te ligo depois que estiver num lugar seguro, certo? Usarei outro número, delete esse.

- “Okay, se cuide, por favor.”

- Terei. – Respondi desligando a ligação e indo em direção a janela.

Olhei para a janela da frente e vi homens de preto correndo, fui para a janela lateral, coloquei o capuz da blusa e abri a janela. Virei para traz, peguei um garrafão de álcool que estava no chão, abri e comecei a jogar nos equipamentos que pretendia deixar. Subi na janela e pulei na sacada do prédio ao lado. Tirei um isqueiro da bolsa, acendi e joguei no meu apartamento. Pulei na escada lateral e desci o mais rápido que pude; corri até a cerca do fundo do prédio e pulei para o outro lado em direção à quadra de baixo onde tinha uma moto guardada. Entrei correndo na loja, conhecida naquele bairro como “loja do tudo”.

- Hey, Lee! – Falei ofegante. – Me da um chip rápido! E onde está a minha moto?

- Chegaram pelo jeito. – O moreno de 25 anos riu enquanto se abaixava e pegava o que eu havia pedido. – Toma. A moto está na oficina da esquina.