Capítulo 3

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>Any<

Minha cabeça doía, as cortinas do meu quarto ainda estavam fechadas, deixando o ambiente levemente escuro, e quando direcionei meu olhar à quem estava ao meu lado na cama, minha memória começou a repassar algumas das coisas que haviam ocorrido.

A visão era bonita, ele era muito bonito. Agradeço aos céus por ele se contentar com o fato de que esses nossos encontros não passam de uma mera diversão.

 Agradeço aos céus por ele se contentar com o fato de que esses nossos encontros não passam de uma mera diversão

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—Ei, você precisa ir embora, eu tenho que trabalhar – digo pressionando meu dedo indicador contra seu ombro.

—Você sabe que horas são? – ele diz com a voz rouca e com os olhos ainda fechados.

Pego meu celular e vejo que já se passam das 11h da manhã. Merda.

—Sim, mas eu preciso que vá, tenho que resolver umas coisas importantes – digo levantando da cama e fazendo um coque com o cabelo.

Na verdade não existia nada importante.

—Você que manda Any Gabrielly – ele bufa e se levanta da cama, com uma certa dificuldade — Te vejo depois? – ele pergunta procurando suas roupas pelo chão.

—Aconselho que não crie muitas expectativas, sou uma mulher ocupada – digo e ele esboça um leve sorriso de lado.

—Por que você me trata tão mal e eu continuo correndo atrás feito um cachorrinho? – ele pergunta enrugando a testa.

—Talvez porque dormir comigo seja melhor do que com qualquer outra pessoa, você já falou algo parecido.

—Any, eu não me refiro só no sexo, eu me refiro à ... – ele diz e eu o interrompo.

—Arón – eu massageio as têmporas — Eu não estou muito afim de conversar agora, sinto que minha cabeça vai explodir a qualquer momento, então por favor, nos falamos depois – digo e ele assente calçando o seu tênis.

Assim que ele passa pela porta do meu apartamento e eu a fecho, respiro fundo.

Sabina e Krys já deviam está perto de voltar da Peony, eu nem ousei aparecer lá esse horário.

Vou em direção à cozinha preparar um chá, na tentativa de aliviar essa dor de cabeça infernal. Não sou muito fã de remédios.

Sento em um dos bancos próximos ao balcão e em um curto intervalo de tempo, a porta do apartamento é aberta. Os dois já haviam voltado e eu estava me preparando para o sermão.

—Ah, olha só Krys, nossa filha adolescente que dá perdido nos pais no meio de uma festa, e em plena madrugada – ela diz com um sorriso irônico direcionando os braços em minha direção.

Eu reviro os olhos.

—Não faz isso de novo, por favor, ficamos preocupados – Krys diz depositando um beijo na minha cabeça — Você está bem?

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