Estamos os três calados esperando o teste de paternidade chegar, descobri que a Kate não tem medo de agulha...não é igual a mãe. Eu estava realmente achando que ela era a minha filha, tinha uns 90% de certeza na verdade. Eu realmente não tinha ideia do que eu faria quando vise o teste dando positivo, eu teria que conversar com a Amélia mais do que apenas "faço o que quiser que eu vou-te e apoiar" eu sei que isso é otimo de se escutar mas eu precisávamos pensar bastante. Nossa vidas não são programadas pra uma criança, dinheiro não é problema estamos com muito muito dinheiro mas as nossas rotinas mesmo, ainda mais com um casamento no final do ano que vem.
—você tem muitos amigos no orfanato?— Amélia pergunta e eu olho pra Kate, eu queria perguntar mais estava sem coragem. A Amélia so queria cortar o clima que eu sei mas eu queria perguntar pra saber que se eu deixar ela la ela vai ter alguém com ela....eu sou um grande babaca por pensar isso? Talvez sim.
—não...o diretor mandava ninguém se aproximar de mim
—porque ele faz isso?
—não tenho ideia— ela fala— ele sempre deixou claro que ele me odeia...nunca entendi o porque mas eu não me importo
—ele ja...tocou em...você?
—sexualmente não...nem agressivamente— ela falou em duvida
—porque esta com duvida?
—jogar um livro em mim é agressão?— eu afirmo— então uma vez sim— meus cotovelos vão pro meu joelho e afundo os dedos no cabelo apertando eles com raiva. A mãozinha da Amélia passa pela minha perna, eu olho pra ela e respirei fundo e segurei a mão dela
—se acalma certo?— afirmo e me apoio na cadeira
—se der positivo você não precisa fazer nada— ela falou e eu realmente não sabia como responder essa afirmação, eu afirmava e seria um escroto ou eu mentiria e falaria que isso não era uma opção? Fico feliz quando o medico entra na sala com um sorriso no rosto
—meus parabéns papai— ele falou feliz, sinto a mão da Amélia apertando a minha perna— aqui estão os papeis se quiserem ver e tivemos que altera a sua certidão de nascimento ja que não tem o nome do seu pai— Kate afirma espantada. Ela segura a certidão de nascimento nas mãos, eu olho pro medico— se quiser podemos fazer outro teste—o medico falou e eu nego— vou deixar vocês a sós— afirmo e ele sai do quarto, eu estou paralisado...não consigo me mexer, estou totalmente paralisado.
—Kate você ta bem?— Amélia pergunta e eu olho pra ela, ela estava parada olhando diretamente pro papel, eu olho pro papel e ela está alisando o nome da mãe com o dedo e depois passa pelo meu nome.
—sim— ela fala baixo ainda olhando pra certidão de nascimento—estou bem— falou e se levantou— você quer?— me pergunta e eu olho pra ela e engulo em seco
—pode ficar— ela levanta as sobrancelhas e afirma— vamos te levar de volta— ela afirma e sai da sala
—já decidiu que não vai querer ela?— Amélia pergunta e eu olho pra ela— você deixou isso bem claro agora— ela falou e eu me levanto e aperto os meus cabelos com raiva
—calma...calma calma! Eu sou pai, tem muita coisa na minha cabeça— eu falei e ela respira fundo— eu preciso que você fale alguma coisa
—pensa comigo— ela falou e eu olho pra ela— você nasceu, sua mãe morreu você nunca conheceu ela...sua tia prometeu que iria ficar com você e parou te falar com você quando você tinha 5 anos, você so sabe o nome do seu pai. Ate que você pensa "pode ser ele"— ela fala e eu respiro fundo— você falou com esse cara e logo se arrependeu voltando pro lugar onde maltratam você, esse cara volta faz o teste de paternidade da positivo e ele fala que vai te levar de volta pro orfanato
—você acha que eu deveria cuidar dela?
—não to falando isso— respondeu— estou falando que se você não quiser...—ela deixa a frase morrer e respira fundo voltando a falar—essa menina tá passando por muita coisa agora Dean, seja mais delicado pelo menos— eu afirmo e ela se levanta— pensa com cuidado
—a gente precisa conversar
—então fala isso pra ela— ela me responde e eu afirmo segurando a mão dela, nos saímos do quarto e vemos ela no canto do corredor chorando, ela respira fundo e fala baixo
—pare...sua mãe queria uma menina forte— falou e limpou as lagrimas respirou fundo de novo e se vira pra gente—desculpa...vamos agora?— perguntou como se não estivesse chorando a dois segundos atras
—vamos— eu falei e começamos a andar em direção a saída calados. Ela entra no banco de tras e ficou calada segurando a certidão de nascimento. Quando eu paro na frente do orfanato eu sinto uma dor no peito quando ela sorri e fala
—obrigada por tudo Dean e Amélia...foi um prazer conhecer vocês— ela abre a porta e a Amélia me da um tapa
—Kate— eu a chamo e ela me olha— eu queria deixar claro que vamos pensar sobre isso tudo...não vou simplesmente deixar você ai certo?— vejo um brilho de esperança nos olhos dela, quando ela pisca os olhos verdes dela ficam normal
—certo...obrigada— ela sorriu e foi pra porta do orfanato, quando ela aperta a campainha o direto atende a porta e a puxa pra dentro
—eu não vou aguentar ver isso— Amélia falou— você ja tem alguma ideia do que quer?
—não estamos prontos pra ter uma adolescente em casa
—ela é a sua filha Dean
—mas como vamos cuidar dela? Quer dizer eu não sei educar ela!
—ela é a menina mais educada que eu ja vi na minha vida— ela falou e eu afirmo, realmente ela era muito educada— pensa com carinho amor
—mas eu quero saber de você
—eu amei ela...se você quiser cuidar dela eu vou amar, sempre quis ter uma menina— falou e eu riu— ainda mais linda daquele jeito
—ela realmente é bonita— eu falei— pode ser muito em cima mas eu to realmente tentado a levá-la pra casa— Amélia sorri— você queria ne?— ela afirma e eu riu
—imagina Dean...ela na escola ai a gente vai buscar ela! Ela chegando em casa com uma prova na mão nota 10 e falando toda feliz "papai mamãe eu tirei 10"— eu riu— ela sendo convidada por varios garotos pra sair com ela e você ficando com raiva deles assustando deles
—eu não sou o pai ciumento
—você é um noivo ciumento quem dirá um pai—ela falou e eu riu
—so não quero ninguem olhando pro que é meu
—se eu fosse pensar assim...— ela fala e eu riu— to brincando amor, eu amo todas as meninas falando que eu sou sortuda por ter um noivo tão lindo
—eu que tenho certo em ter uma noite bonita assim— eu falei e ela sorri pra mim— o que eu preciso fazer pra pegar ela pra mim?
—eu não tenho ideia
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Apaixonado
RomanceA mãe morreu quando ela nasceu, a tia deixou um livro explicando melhor sobre a mãe dela e o pai. Ela nunca conheceu o pai, porem tinha suspeitas de que seria um cara no final da rua so seu orfanato. Essa historia vai contar sobre a vida da jovem K...