GOLDEN ✧ vminkook

✧ [04] 계략 ✧

No dia em que foram avisados sobre Konohagakure, o céu estava dourado como a cor das lágrimas de Kim Taehyung. O herdeiro do clã líder chorava ouro quando estava ansioso, o poder exalava do corpo pequenino de diversas maneiras. Jungkook observava, encantado, o material escorrendo nas bochechas bronzeadas, buscando algo para retira-lo daquele estado entorpecido; a mãe morrera na batalha da semana anterior, o pai ficaria para morrer também enquanto ele seria transferido junto com as outras crianças.

Jeon carregava em si as palavras da mãe: "se Kiri não tivesse nos colonizado, essa guerra não estaria acontecendo. Eles se foram, mas os resquícios continuam aqui, é culpa deles, toda essa desgraça é culpa deles". Agora, ela estava morta, fora queimada viva pela mãe de Ahn Hyejin, a garota chorando no outro lado do campo aberto, já que a própria mãe também havia sido morta, emparedada pelo pai de Jung Hoseok. Assim, ali estavam os órfãos, compartilhando o luto e dividindo espaço com os descendentes dos assassinos de seus pais. "Vocês não podem brigar, não podem reproduzir os erros dos mais velhos" foi o que Choi-sunbaemin, neutra na guerra e responsável pela transferência à Konoha, disse depois que Hyejin pôs fogo no livro que Kim Namjoon lia.

— Seu egoísta de merda, fica aí lendo sobre a história do seu clãzinho genocida — como ela já conhecia aquela palavra? — enquanto nosso líder vai ficar pra ser morto pelas mãos dele.

— O líder do Crepúsculo também é um genocida, Hyejin — rebateu Jung Wheein.

— E quem disse que to falando desse líder? Nosso líder — ela apontou para as crianças do lado do Crepúsculo — é Park Jimin.

Nesse momento, Taehyung levantou-se bruscamente, fazendo todos ali se silenciarem. Primeiro, ficou parado, parecendo uma estátua devido a todo aquele ouro em sua face; em seguida, correu para a floresta, despistando os adultos dos clãs neutros.

Jungkook sabia o porquê, ele sempre gostara de observar o príncipe, frequentava a residência dos Kim pois a mãe trabalhava para a rainha e costumava brincar com "Taetae" enquanto isso. Entretanto, o herdeiro só lhe dava atenção quando Park Jimin não estava presente, se não, era completamente deixado de lado. Desde o momento em que chegou ao campo, percebeu a aflição no rosto do mais velho e conhecia a razão: Jimin não estava ali. Era óbvio, até para o Jeon de 6 anos, que o príncipe dos Park ficaria para lutar, provavelmente também era para Taehyung, porém o garoto estava em negação antes de Hyejin confirmar.

Aproveitando a desatenção de Han-sunbaemin devido a Taehyung, Jungkook conseguiu escapar também. No entanto, não iria fugir de verdade, na verdade, iria encontrar o fugitivo. Ele sabia onde o príncipe estava e os adultos nunca iriam achá-lo não importa o quanto procurassem: escondeu-se na caverna perto da cachoeira que ele e Jimin se viam desde o início da guerra. Jungkook os avistou uma vez enquanto dava banho na prima Heejin, com apenas 2 anos e já órfã de ambos pais.

— Jimin-hyung? — a surpresa do mais novo foi encontrar o príncipe dos Park na companhia de seu líder. Afinal, conseguiram encontrar-se uma última vez. Jungkook os interrompeu no momento em que Taehyung colocava um colar de ouro no pescoço do outro.

— Googie, como você nos achou? — Jimin, mesmo surpreso, foi gentil, costumava ser muito doce com seu dongsaeng.

— Não importa, hyung. É verdade que você vai ficar? — ao falar isso, Taehyung começou a chorar novamente nas sombras, os soluços sendo interrompidos por um abraço do melhor amigo.

— É sim, Googie, e preciso ir agora, vocês também. Cuida do Taehyungie pra mim? Por favor — aproximou-se de Jeon, levando o Kim consigo.

Jungkook não sabia o que dizer, ainda estava tonto por causa da guerra, da morte da mãe, da ausência do pai, da briga entre Hyejin e Namjoon; ele estava perdido, atordoado, zonzo, era apenas uma criança. Ainda assim, depois de alguns segundos, proferiu com firmeza: