Eu senti o peso de Celsius sair de cima de mim, e me sentindo aliviada e com medo, abri meu olhos, e me levantei achando que tudo aquilo tinha acabado, mas não.
Celsius enrolou meu cabelo em suas mãos me puxando para junto dele, enquanto arrancava uma adaga da cintura da calça que por sorte ele não despiu também. Ele colou minhas costas em sua barriga,e colocou a lâmina em meu pescoço.
Eu não tinha percebido o barulho do cavalgar do cavalo, quando eu percebi, lá estava Isolda, Aime e Akila, eu agradeci aos céus por ela ter aparecido.
– Celsius o que está acontecendo aqui — ela desceu do cavalo com a elegância de sempre.— Vai embora Isolda — ele tremia de medo atrás de mim,ele transparência o desespero e o receio.
— Eu não vou embora Celsius,me explique oque está acontecendo — com a mão estendida ela caminhava até nós,até conseguir encostar na mão dele,ela pediu gentilmente para ele me soltar.
Ele me soltou e eu corri para abraçar Isolda, enquanto ele chorava.
Isolda caminhou até ele é pediu a faca, ele estendeu a mão aonde a faca estava.
Ela segurava a mão de Celsius junto com a faca quando ele a puxou e a colocou na mesma posição que eu estava— Você não entende, não é? Isolda, eu amo Catalina com todas as minhas forças, ela é a mulher da minha vida, mas você veio até aqui e impediu que ela percebesse que me ama também — ele chorava como se realmente acreditasse nisso, como se fosse uma verdade absoluta.
Ele apertava a faca na garganta de Isolda, com cada vez mais força. Eu institivamente abaixei minha cabeça na não ver a cena.— Meu amor, levante o rosto, eu quero que você veja oque eu posso fazer por amor a você — eu levantei para ver o rosto de Isolda, eu podia sentir a faca, como se fosse eu alí.
Eu fechei os olhos e as lágrimas caíram com pressa,como se fossem dilúvio e acena fosse o furacão.
Ele afundou a faca e a puxou com rapidez, ele soltou o corpo de Isolda no chão, e mais uma vez eu me comportei de acordo com o instinto, correndo até ela para abraçá-la.
Lá estava eu, joelhos dobrados no chão e um corpo apoiado em minhas pernas, e chorando em cima da pessoa que eu amava com a minha alma.
Celsius se ajoelhou ao meu lado e me abraçou, eu chorava e respirava ofegante como se tivesse corrido ao redor do castelo.
Ele não queria me machucar então soltou a faca no chão, ainda presa no seus braços eu olhei por cima de seu ombro aonde estava a faca, eu discretamente a peguei e o abracei de volta.—Eu entendo oque você fez Celsius. Foi…por amor,não é?– eu cheguei rosto para trás, e a com mão que estava livre eu fiz um apoio para seu rosto e com a outra eu coloquei ao lado do meu corpo
—Eu entendo, você me ama, e oque é uma vida, quando se trata de uma pessoa amada.
Eu realmente entendo Celsius, você abriu meu olhos, o amor é uma coisa quase tão forte,meu irmão... — eu beijei sua testa enquanto acariciava seu cabelo e sussurrei no seu ouvido
— Eu te entendo…, espero que você me entenda também.
Eu faço isso por amor Celsius — eu o beijei e o empurrei para o chão afim de ficar em cima dele, coloquei uma perna de cada lado, e descolei meus lábios dos dele
— Eu a amava com a alma Celsius, e agora parte da minha alma morreu com ela — eu introduzi a faca em seu peito, e continuei empurrando a faca até eu ver sua alma sair do corpo.
Eu o amava, mas ele roubou tudo de mim, minha irmã, minha inocência, a minha alma.
Ele morreu,mas levou com ele tudo que tinha.
Eu chorei e vomitei por horas a fio todas as vezes que eu lembrava da boca dele junto a minha, sem parar por um segundo,Akila e Aime andaram em meio às minhas pernas, tentando me acalmar, mas nada funcionava.
A raposa de minha irmã uivava, eu sabia exatamente o que ela estava sentindo.
Dor
Akila não uivava, ela ficava sempre junto as minhas pernas. Naquele dia eu descobri que ela era meu apoio quando tudo desmoronava.
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A preço de sangue
General FictionEra noite em Tormay, a lua era vermelho escarlate e céu não tinham estrelas, os lobos eram os únicos a fazer barulho naquela noite, as raposas estavam quietas,todas em suas tocas, deitadas, como se esperassem o nascimento de um deles. Esses fatos ma...