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1901, 02 de Outubro

"Eu vou te amar para sempre.

Ainda sinto seu perfume em minhas lembranças.

Nossa última conversa gira em torno da minha cabeça como se tivesse acontecido ontem.

Perdoe-me, meu amor, por não ter sido capaz de prendê-lo aqui. Perdoe-me por não ter sido rápido o bastante.

O pouco tempo que passei ao seu lado foram os mais preciosos de minha existência.

Você fora levado por aqueles que acreditava que nosso amor era profano.

Voe meu amor, voe com elas.

Porque apesar de ter sido preso em cativeiro, você conseguiu reaprender a imigrar.

As que sobraram, as que você deixou em mim, perderam as asas no momento em que senti você cálido. Palido. Gelido.

Vou retomá-las indo ao seu encontro meu pequenino.

Demorei muito para te encontrar. Nem os céus e infernos nos separaria.

Eu amo você, minha lepidoptera.

Me espere."

Borboletário • Jjk+PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora