Um Encontro Inesperado

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Por Gaio 

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Por Gaio 


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A casa de Bellemere ficava do outro lado da cidade, próximo ao mar, numa viagem de quase 3h de carro. Enquanto seu apartamento na cidade lhe dava a vista de um lindo nascer do sol, a pequena casinha no topo da colina, cercada de lindas laranjeiras, tinha a visão mais encantadora do sol poente, que trazia consigo cores que Nami jamais havia visto em toda sua vida, nem sequer imaginava que existiam. Dois lugares completamente distintos, mas que a ruiva amava mais do que qualquer coisa.

A casa ficava afastada das outras que compunham a pequena vila. Bellemere achava que aquele cantinho recebia a quantidade de sol perfeita para que suas laranjeiras crescessem saudáveis, e dessem uma boa safra. Era feita de madeira da qual a marinheira havia pintado de branco com muita devoção – mesmo que fosse um lar humilde, não significava que precisava parecer ser, era o lugar onde ela poderia se refugiar dos dias difíceis, e entregar às suas filhas boas lembranças da infância.

Ainda era cedo quando Nami chegou, e o dia quente banhava a plantação de laranjas com a luz do crepúsculo, dando vez a lua; a jornalista perdera as contas de quantas vezes deitou abaixo do enorme teto de folhas, e acabou pegando no sono ao som do seu farfalhar. Se existia um lugar que pudesse lhe trazer paz para pensar e espairecer, com certeza era esse.

Nami estava sentada de costas para lápide de Bellemere contando a ela suas ultimas façanhas, e a sua frente o mar exibia-se dançando fervorosamente. A ruiva havia pedido a Sanji que a levasse para lá, e o cozinheiro acatou seu pedido sem receio, não apenas pelo afeto que tinha pela amiga, mas também porque todos sabiam que contestar a jornalista não era algo muito inteligente de se fazer.

Nami precisava sair da cidade, por isso não poderia voltar para sua casa, não mais.

Nojiko havia a acolhido imediatamente quando Nami lhe contou tudo o que precisava contar: o porque de estar mais distante, porque andava sempre tão ocupada, e quase sempre desaparecia sem dar qualquer noticia. Por mais que tivesse ficado em choque com tudo o que soube, ainda eram irmãs, ainda se amavam mais do que tudo, e ela apoiaria Nami no que fosse preciso.

As luzes do dia se perdiam na água azul do oceano, e no lugar, milhares e milhares de estrelas pintalgavam de branco os fios da noite, tecidos pouco a pouco sobre os últimos vestígios do sol. Nami fechou seus olhos e respirou fundo o ar salgado da maresia. O vento morno balançou majestosamente seus cabelos, e acariciava sua pele como se fossem dedos, tocando-a de maneira delicada pelos braços e pelo colo. O som da água colidindo com as rochas fazia sua mente se perder em sensações leves; ela não pensava em nada, deixava apenas que as vozes do mar a levitasse e levasse seu corpo cuidadosamente, transportando todas as duvidas e todo pesar.

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