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Eu nem acredito, meu bebê esta fazendo vinte aninhos. — Falava Melinda, segurando o rosto de Will.

Mãe. — Falava sem graça.

Deixa ele Mel, ele já é adulto. — Brincava David.

Você nunca vai deixar de ser o meu bebê.— Deu-lhe um "peteleco" na testa e saiu em direção aos fundos da casa, onde David ia começar a assar os hambúrgueres.

Já haviam se passado cinco anos, desde q adoção de Will, cinco anos que ele não via seus antigos companheiros, seus amigos, sua paixão.
Will não demorou muito para se adaptar a nova família, e depois dos sete dias, ele já tinha ido morar com eles.

Por mais que a vontadele dele fosse de voltar para ver seus amigos, sua mãe não permita que ele colocasse os pés naquele lugar.
Ele ainda manteve contato com Liza por algum tempo, mas foi perdendo aos poucos quando começou a estudar e conhecer outras pessoas.
A dois anos atrás soube que o orfanato onde havia crescido, foi fechado, por não ter como se manter, alguns dos internos fugiram, outros foram adotados e outros enviados para diferentes orfanatos pelo país.
Will soube que Liza havia fugido antes disso acontecer, com mais alguma internos, desde então, eles não se falaram mais.

Ele estava na sacada do seu quarto, enquanto olhava as pessoas do seu bairro. Will gostava dessa vida, era melhor e diferente do qual ele viveu por quinze anos, ele havia feito novos amigos, tinha ganhado parentes que o amavam e tinha pais que eram presentes em todos os momentos daqueles cinco anos em que estavam com ele.

Era dia trinta de outubro, seu aniversário e um dia antes dos dia das bruxas, o tão esperado halloween.
As casas já estavam devidamente decoradas para a noite seguinte, as crianças já estavam eufóricas com suas fantasias e na esperança de ganhar ótimos doces.
Will iria comemorar seu aniversário com parentes e no dia seguinte iria sair com seus amigos, mesmo odiando qualquer coisa que fosse relacionado a monstros, sustos ou halloween.

Toc toc... — Uma voz feminina invade seu quarto.

Entra.

— Filho, vamos descer? Seus avós já chegaram, estão loucos de saudades.

— Vou trocar de camisa e já desço.

Will corre até seu guarda-roupas, pega uma blusa qualquer e vai para frente do espelho.
Assim que se olha, nota que as marcas do passado ainda estão lá, em todo seu tórax, cicatrizes que o acompanhará para sempre.
Ao toca-las, podia lembrar de cada momento quando as ganhou, lembranças não muito agradáveis do seu passado.

Suspirou...
Por onde será que você anda, Liza? — Sorriu sem muita vontade, vestiu a camiseta e ajeitou o cabelo.

Desceu as escadas e encontrou com alguns de seus familiares, deu-lhes atenção por alguns instantes e depois foi até seu pai.

Com fome? — David o questiona.

Sempre.

— Vi que esse ano, você ganhou vários presentes, já abriu algum deles?

— Ainda não, estou esperando para depois do almoço, quando estiver sozinho, sabe como o tio Lu e a vovó Meredith adoram competir pra saber quem deu o melhor presente.

David concorda e os dois começam a rir.

O almoço de aniversário foi agradável, apenas seus parentes mais próximos, hambúrgueres e muita risada.

Assim que todos se despediram, Will subiu com suas caixas e envelopes de presente.
Os colocou em sua cama e foi abrindo aos poucos.
Se distrai rapidamente com as blusas e as notas de dinheiro que ganhou dos seus avós, que nem nota seu celular tocando.
Assim que abre mais uma caixa contendo alguns jogos para seu video game, nota uma caixa pequena toda preta, envolta com papel amassado, sem adesivo de identificação, foi difícil descobrir de quem era aquele presente.
Ele então o pega e o abre, tirando os papeis de dentro, ele encontra um colar, sua corrente era em dourado e seu pingente, uma cruz com as bordas pratas e todo pintado de vermelho escarlate.
Assim que girou o pingente em sua mão, notou que haviam palavras gravadas a mão na parte de trás.

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⏰ Última atualização: May 11, 2020 ⏰

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