Da Sétima a Primeira Arte

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DATA: 13/08/17, 13:00h

Passaram-se 1 ano, ano de 2017. Um pouco depois da metade desse ano. Era dia dos pais, e estavamos almoçando em família. Eu, minha mãe Arya Aguilar e meu pai Bill Davis Aguilar.

Minha mãe está com seus 30 e poucos anos, cabelo castanho claro e enrolado nas pontas. Olhos verdes, e até que alta. Todavia, não passava de 1.75. Pele morena, por causa da sua descendência mexicana. Diferente do meu pai Bill Davis Aguilar, que tem cabelo curto e liso, penteado para a esquerda. Olhos escuros e com barba cheia. Alto comparado com outros homens da idade dele.
  
E por fim eu. Pareço bastante com minha mãe. Com os cabelos enrolados e com olhos verdes. Também puxei a sua cor de pele. A diferença entre nós é a altura. Pois, não sou alta igual ela. Uns meses atrás eu media 1.60

O almoço era macarrão com almondegas. O prato preferido do meu pai. E estava realmente delicioso. Minha mãe sempre faz as coisas com todo o seu amor.

Após terminar o almoço, meu pai perguntou a minha mãe:
--- Arya, você se encomodaria se eu saísse com Fernanda hoje? Já que hoje é dia dos pais
--- Claro que não, meu amor!! Hoje é seu dia afinal
Respondeu com uma alegria que ela sempre demonstra em seu rosto

--- O que acha Fernanda? Podemos ir no shopping assistir um filme que você queira ver.
--- Sério? O senhor não é muito de assistir filme no cinema
--- Sim, pode escolher um filme
--- Humm... deixa eu pensar em um filme...
--- Pode pensar com calma filha
--- Já sei!! Pode ser Logan?
--- Claro! Parece que minha filha adora bastante um filme de porradaria
Dizia isso pondo as suas mãos em meu ombro e rindo, enquanto estavamos sentados no sofá

Era estranho ver meu pai assim, já que, um ano atrás ele revelou todas aquelas coisas. Porém não deixaria esses pensamentos negativos acabar com o nosso dia
Pegando o celular, meu pai disse:
--- Deixa eu achar quais são os horários das sessões de hoje. Hum... deixe-me ver... Pronto, achei! Vamos ver... Prefere a sessão das 16h ou das 18h?
--‐ Das 18h parece ótimo, não vai estar muito cheio
--- Só não vão chegar tarde hein!!
Falou minha mãe com uma expressão de preocupação
--- Prometo que assim que acabar o filme, venho embora com Fernanda.
--- Isso mesmo mãe!

Ficamos assistindo uma série policial na tv. E nossa... Meu pai é vidrado nessas seriados tipo CSI. Ficamos vendo até dar mais ou menos a hora de se arrumar para ir no shopping. E por volta das 16:00h, começamos a nos arrumar. Já que as 16:45 sairíamos de casa. E até o shopping demorava um pouco, pois não moramos em Detroid e sim em uma cidade próxima chamada Winnpeg. Quando deu a hora de sair, meu pai entrou no carro dele e seguimos em direção ao shopping CenterVille.

Chegamos as 17:20 e tinhamos tempo de sobra para comprar os ingressos do filme Logan. E ainda daria tempo para comprar a pipoca do momento, a Supreme Popcorn. Diziam que era a melhor pipoca de Detroid ou até mesmo dos Estados Unidos. Mesmo sendo cara, meu pai fez questão de comprar para mim. Ele é perfeito. Sempre tantando me deixar a mais feliz do mundo. Entramos na sala 4 e começamos a assistir o filme Logan. E realmente esse filme tinha muito sangue e bancadaria.

Durante o filme, olhava para o meu pai e naquele momento, sua felicidade se comparava a de uma criança. Vendo seu personagem favorito lutar. E, aqueles anos perdidos, estavam sendo resgatados por um instante. Não, mais que isso, uma vida inteira de sofrimento estava sendo reconstruída.

O filme era muito bom, com ótimas lutas e seu final foi bem triste, que até arrancou algumas lagrimas.

Após o termino do filme, umas 20h, cumprimos o que tinhamos dito para Arya. Voltamos assim que o filme acabou. Entramos no carro e pegamos a estrada de volta para casa. Mesmo dendo sido poucas horas no shopping, vê o rosto de meu pai sorrindo e demonstrando felicidade não tinha preço. Era algo inesplicavel, tanto para mim quanto para ele. Porque o mais importante era estar alí, do seu lado. Ainda mais no dia dos pais.

Ao ligar o rádio do carro, ouvimos umas notícias sobre um desaparecimento de uma pessoa, e possivelmente era um adolescente. Meu pai rapidamente desligou o rádio, virou para o banco do passageiro onde eu estava sentada e falou:
--- Não se preocupe Fernanda, não é essa noticia que vai acabar com o nosso dia.

Porém como se não fosse o bastante, no meio do caminho de volta para Winnpeg, meu pai recebeu uma mensagem no celular. Aproveitou que estava parado num sinaleiro e leu o que dizia a mensagem. Inspirou e expirou fundo, olhou para mim com uma expresão não muito boa, e disse:
--- Filha a hora chegou
--- A hora de que pai?
--- De você conhecer Mr. B
--- O que?? Não achei fosse tão rápido assim!!
Comecei a me tremer de tensão, pois isso significava que os mesmo sumiços das década de 70 e 80 estavam realmente acontecendo de novo

--- Não me diga pai, que essa notícia de agora tem a ver com a volta dos desaparecimentos
--- Possível, saberemos com certeza daqui a 3 dias
--- 3 dias???
--- Sim, em apenas 3 dias, terá que conhecer o Mr. B
Naquela noite eu não conseguia dormi direito. Sabia, de algum jeito, que o universo me guardava algo. E com certeza não era uma caixinha de bailarina.

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