prólogo

31 2 0
                                    

Muitas vezes olhamos o mundo ao nosso redor e nos perguntamos, o quão pacífico ele pode ser? Ou melhor, quantos pecados ele pode carregar? De certo que a maioria do que vemos não é realmente como nossos olhos enxergam. Não passamos por uma pessoa na rua sabendo como ela é dentro de sua casa. O que ela faz em seu dia-a-dia, com o que trabalha, se é casada, se tem filhos, se tem uma mente saudável ou doente.

Em público, uma das diversas certezas que temos é, todos escondemos algo. Mas, mesmo que entre amigos, até onde levamos essa certeza? Até onde nos certificamos de conhecer alguém o suficiente? Nunca vamos saber se quem deita ao nosso lado na cama já matou alguém, por que essa é a graça, estarmos tão cegos pela certeza, que esquecemos dos "e se?".

O fato é, nunca conhecemos todas as cem, duzentas, mil faces de alguém. Nós conhecemos o que cada um quer mostrar de si, seja isso algo chocante ou não, algo que o coloque atrás das grades ou em um quarto branco tomando remédios controlados. Seja isso algo bonito, uma face gentil e amigável ou alguém que, em nossa frente, imaginamos ter completo interesse, mas que se desmancha em tédio e repugna da humanidade ao deitar a cabeça no travesseiro a noite.

São relações formadas de faces, dependemos de quais vamos mostrar e para quem, o quanto vamos confiar, sejam em nós mesmos, ou nos outros. 

Mentes ConturbadasOnde histórias criam vida. Descubra agora