Suicide

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Ontem os meus problemas pareciam tão distantes (...) Mas hoje, eles vieram pra ficar!

Acordo com o barulho irritante do despertador, estendo minha mão e aperto no botão do topo.

— Abigail? -diz Naome, logo em seguida bate na porta.

— Oi -digo com um voz sonolenta.

— Se arrume, iremos sair-diz.

Me levanto e abro o armário, não tinham muitas roupas, a maioria estavam na mala, confesso que não gosto muito de fazer esforço físico, uns diriam que sou preguiçosa, eu quer saber, sou mesmo.

Termino de me arrumar e vou até a cozinha, Zayn estava sentado e Naome estava
preparando o café.

Me sento a mesa e começo a arrumar algo para comer, pego o pão e corto ao meio, logo em seguida coloca um pouco de nutella.

— Pegou seus trajes de banho? -pergunta Naome tirando a minha atenção.

—Porque eu pegaria? -retruco.

—Porque você acha que deveria pegar? -faz uma cara na qual eu conhecia bem

—Então ta, tome banho de roupa-diz.

— jura? Pergunto baixinho.

Subo as escadas o mais rápido possível, finalmente depois de tempos irei a PRAIA, o único lugar desse mundo capaz de aquietar minha alma. O som das ondas, a brisa do mar, o gosto da água salgada, um lugar capaz de fazer tristeza se tornar alegria, e lágrimas se tornarem sorrisos.

Chego no meu quarto e procuro pelo meu biquini favorito, vou até o banheiro e me visto ao sair percebo que alguém estava subindo as escadas.

—Gosta de praia? -diz zayn a encostar em minha porta.

Permaneço em silêncio, término de pegar minhas coisas e saio do quarto sem dizer nada.

O Zayn me assusta, ele parece ser uma boa pessoa, mas algo nele me assusta

Desço as escadas, e vou até a porta, Naome estava arrumando as coisas dentro do carro, segui até ela e entreguei meus pertences.

—Vamos, Zayn-diz Naome a gritar.

Entrei e sentei, Zayn demorou um pouco para chegar mas logo chegou. Seguimos viagem, não foi tão demorada assim afinal morávamos perto da praia, um pouco, mas morávamos.

O som das ondas a quebrarem na areia era música para meus ouvidos, o cheiro do sal a entrar pelas minhas narinas também era motivo de alegria, um leve sorriso escapa no canto da minha boca e bem na hora que Zayn estava a me olhar pelo retrovisor.

-Olha, você sorri-diz Zayn.

-Cala boca Zayn-digo a revirar os olhos.

Esse Zayn me tira do sério e ao menos tempo me tira o sono, não é que eu gosto dele ou qualquer outra coisa e que sei lá, ele me faz feliz. Eu ao contrário de muitos, gosto de estar com pessoas que eu não consigo explicar oque sinto pelas mesmas.

O carro para e logo abro a porta e pego meus pertences, o sol era a atração principal, andamos um pouco sobre a areia quente e logo Naome escolhe o lugar para ficarmos.

-Arrume as coisas Abigail, vou dar um mergulho e já volto-diz Naome a ir em direção ao mar.

Arrumo as coisas com a ajuda de Zayn e claro que não deixei nenhuma palavra escapar dos meus lábios, nem sequer um olhar, sentei na cadeira e permaneci apreciando a imensidão azul a minha frente.

-Porque tão seca? Porque tão cheia de mágoa? De amargura? De ódio? Consigo sentir seus olhos pedindo Socorro. -diz Zayn a me olhar.

-Minha vida não é da sua conta-digo.