Capítulo 27

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Eram passos misteriosos, e eu reconhecia eles de algum lugar.

Apareceu uma criatura alta, magra, do tamanho de um homem adulto, um pouquinho maior. Era o próprio ódio. 

- Vá. -, disse o mestre, - chegou a hora.

E eu fui.

Ele me viu. Me assustei. Não tinha olhos, nem boca, nem cabeça. E agora? Eu estava apavorada. Ele me pegou. Por pouco não rasguei o poema. Ele chamou seus servos. Me amarraram. Eu tentei me defender, mas era tarde demais. Só consegui pegar o poema e esconde-lo. Por sorte ninguém percebeu que eu estava com esse tesouro no bolso.

Eu tive que caminhar com eles amarrada até chegar a um castelo preto, parecia abandonado, mas estava com luzes acesas. Fui jogada em uma prisão só com um copo de água. O ser disse ue se eu bebesse ele ia me libertar e eu serei a rainha dele. Mas eu não concordei.

Ele disse que se eu bebesse a água nunca mais teria fome ou sede. Eu não concordei.

Ele disse que se eu bebesse a água todos os meus desejos seriam realizados. Mas eu não concordei.

Então ele disse que ia me matar se eu não bebesse a água. Mas eu não concordei.

- Você vai ser morta amanhã. Qual é o seu nome?

Não respondi.

O Cavalo AladoOnde histórias criam vida. Descubra agora