Submissa (Jin)

13

     Eles retornaram a mesa e nossos pratos chegaram, eu e Hoody ficamos em silêncio novamente, e chegamos ao acordo de que ela me passaria as regras, e uma delas é que não devemos opinar na conversa deles, e é melhor ficar quieta.

      Assim o fiz, eles conversam, e nós nos distraímos com as coisas ao redor, apesar de tudo, notei que Jay tinha uma tatuagem diferente no braço, era o nome dela, com letras bem diferentes e uns detalhes delicados.

      Talvez fosse assim que ele demonstra que a ama, ou sei lá o que ele sente, assim que terminei de comer, limpo a boca com o guardanapo e espero que eles terminem de conversar.

Jin: Vamos em algum lugar?

Eu: Vamos

      Sorrio apenas para ele, que se levanta.

Jin: Bom...estamos indo, vamos dar uma volta.

YoonGi: Eu sei a volta que você quer dar nela.

Jay: Olha os modos YoonGi, foi ótimo ter vocês aqui.

      Aceno para Hoody e nós saímos de lá, retornamos ao carro, e eu aproveito para comer uma bala de menta, já que não havia nenhum lugar para escovar os dentes.

Jin: Gostou da Hoody?

Eu: Gostei.

Jin: Ela vai ser sua tutora agora?

Eu: Basicamente, eu achei que seria algo bom.

Jin: É, mas não precisa levar tudo que ela diz a sério.

Eu: Como assim.

Jin: Ela aprendeu de um jeito, e eu não sou o Jay, não tenho o mesmo critério que ele.

Eu: Isso quer dizer que nem tudo que ela me ensinar é necessário?

Jin: Como eu disse, basta ser uma boa garota, não há muito o que aprender.

       Concordo e fico processando mãos poucos as coisas na minha mente.

Jin: Quer ir há algum lugar diferente? O parque, cinema?

Eu: Supermercado. Eu tava pensando em cozinhar, pelo menos no jantar, posso?

Jin: Claro, quero que se sinta em casa, faça o que quiser.

Eu: Jin...como vamos funcionar?

Jin: Não entendi a pergunta.

Eu: Eu já entendi que você é meu dono, e eu já aceitei isso...mas, o que vamos ser? Porque eu tô sendo sustentada por você, e eu não sei como agir.

Jin: Como os empregados te chamam?

Eu: Senhorita Kim.

Jin: Isso não responde a sua pergunta?

Eu: Não, não responde.

Jin: Você é minha garota, dorme comigo, mora comigo, vive sobe minha proteção, e quero que se sinta confortável em casa, então se quiser cozinhar, que seja, se um arranjo não tiver no lugar que você quer, mude, só não aceito que opine na forma que eu te trato em relação a sexo, ou o fato de que não quero saber de garotos perto de você.

Eu: E quanto aos cartões, pra que preciso deles?

Jin: Roupas, sair com suas amigas, que foi o que você me pediu, compras, se quiser algo, só nos veremos a noite, e eu quero você a minha disposição.

Eu: Como uma puta de luxo?

Jin: Não é uma puta de luxo se for minha mulher.

      Fiquei paralisada, apenas encarei a janela, meus pais não aceitariam que eu tivesse um namorado, muito menos que fosse "mulher" de um adulto, de origem desconhecida, e com certeza no natal minha mãe vai me mandar ao médico, apenas para saber se sou virgem, e quando virem que não, eles me obrigam a casar.

      Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, e eu só precisava me sentir confortável com tudo, com ele, com a casa, com o dinheiro, com as relações, os amigos dele, e como tudo isso seria explicado as minhas amigas.

Eu: É, eu fazia parte do grupo de dança do colégio, e eu pedi pra sair, já que teria que dançar com meninos, e na frente da escola inteira.

Jin: Fez bem, pois cada ensaio resultaria em uma punição.

      Fiz algo bom, então seguiria esse ritmo, chegamos no supermercado e então descemos, pegamos um carrinho e caminhamos dentre prateleiras e pessoas, pegamos de tudo um pouco, pois Jin também escolheu algumas coisas, e naquela casa não havia muitos ingredientes.

Jin: Nem lembro a última vez que vim num supermercado.

      Sorrio e ponho as coisas no carrinho, não demoramos muito, em seguida fomos até o caixa, ele pagou pelos produtos e quando estávamos indo até o carro, ele resolveu parar para ir na sessão de utensílios de construção.

Eu: O que houve?

     Ele vem até mim novamente com uma corda nas mãos, e vai até o caixa de alto atendimento, não quis pensar muito no que ele faria com aquela corda, pois minhas ideias variam entra estender roupas, passam por me amarrar, e terminam em suicídio.

       Enfim fomos ao carro, ele pôs tudo na mala e eu entrei no banco do carona, voltamos pra casa em silêncio, e quando chegamos, ajudei o maior a levar as coisas para cozinha e guarda-las em seus devidos lugares, fecho o último armário e sigo em direção a sala, mas ele me segura pela cintura.

Jin: Onde pensa que vai?

Eu: Pro meu quarto, estou cansada.

Jin: Vai dormir comigo, eu posso fazer você relaxar.

        Eu realmente estava cansada, e não queria fazer nada, pelo menos não hoje, mas como não sabia o que dizer, então apenas sorri.

Jin: Eu vou te apresentar as coisas aos poucos, mas você se acostuma.

         Eu não entendi, e não queria entender, subimos pro quarto do mais velho, e haviam algemas na cabeceira da cama, apenas de um lado, provavelmente o que eu iria dormir.

Jin: Quer tomar um banho antes de deitarmos?

Eu: Pode ser.

        Fui ao banheiro e ele me seguiu, é claro que ele me seguiu, não me dei ao trabalho de tirar minhas roupas, já que ele estava fazendo isso, enquanto dava beijos calmos em meu pescoço. Jin se despiu e encheu a banheira, enquanto eu estava parada o observando de costas, passo as mãos por seus ombros largos e dou um beijo em sua nuca, ele sorri e se vira pra mim, segurando minha cintura para assim iniciar um beijo lento.

        A evolução chega para todos, entramos na banheira, eu sobre o colo do maior, enquanto ensaboava seu pescoço e cabelos, analisando o quanto o desgraçado é lindo, parece um anjo.

Jin: Por que está me olhando assim?

Eu: Nada... é que você tem um rosto perfeito.

Jin: Talvez um dia seus filhos tenham esse rosto.

        Congelei por alguns segundos, mas sem deixá-lo perceber, a temperatura da banheira estava perfeita, e entrava num contraste com a temperatura do corpo de Jin, ele aproveitou minha vulnerabilidade, e então levantou um pouco meu corpo, encaixou seu membro em mim, e a única opção que tinha era colaborar.

*Continua*