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      Após o banho, nos secamos e então fomos até a cama, Jin ajeitou os lençóis e então pôs uma coleira rosa em mim.

Jin: Deita de bruços.

      Assim fiz, ele prendeu minhas mãos e minhas pernas nas algemas, mas estavam folgadas o suficiente pra que eu conseguisse encolher um pouco meu corpo.

       Vejo a silhueta do mais alto contra a luz, ele me cobre e então se deita atrás de mim, passeando suas mãos pela lateral de meu corpo.

Jin: Eu tô doidinho pra marcar essa bunda.

       Ele esfrega os dedos em minha intimidade, e então fecho os olhos, era relaxante, e eu estava com sono, a respiração dele contra meu pescoço, e sentir seu corpo quente, era bom, bom demais. Até estranho...

Jin: Você gosta disso? De sentir meus dedos aqui?

       Concordo com a cabeça e remexo um pouco meu quadril contra o seu, ele distribui beijos por meus ombros e meu pescoço, sinto sua língua no nódulo de minha orelha, e arrepios percorrem meu corpo de uma ponta a outra.

Jin: Vê como as coisas são mais fáceis quando se é uma boa garota?

Eu: E quando eu deixar de ser uma boa garota?

        Recebo um tapa barulhento e bastante quente em minha coxa, o ardor era quase insuportável, e com toda certeza a marca seria perceptível, solto um grunhido alto seguido e uma reprimida violenta das minhas pernas, fazendo a algemas repuxarem a cabeceira da cama.

Jin: Acho que pro seu bem, você não vai querer ser uma menina má.

Eu: Sempre que eu for má você vai me dar tapas como esse?

        Sinto sua mão bater novamente no mesmo lugar, numa sequência mais cinco tapas, recolho meus braços com tanta força que as algemas machucam meu pulso instantaneamente.
     
       Mordo meu lábio inferior tão forte que os machucados da noite anterior haveriam de se abrir novamente, sentindo um gosto metálico de sangue descer em minha garganta.

Jin: Eu não tenho a intenção de te machucar, você sabe disso, bem no fundo você sabe.

       Concordo novamente, o maior ajeita o edredom encima de mim e eu fecho meus olhos, apagando alguns pensamentos que insistiam em me encher a paciência.

       (Manhã seguinte)

      Abri meus olhos ao ouvir o despertador alto, me inclino para desligar e percebo que não estava mais presa a cabeceira, mas meus pulsos tinham marcas vermelhas, me sento na cama e olho de relance para minha coxa, tinha uma marca imensa em meu quadril, e seria bem difícil esconder com a saia do uniforme.

      E então lembro que tenho escola, me envolvo no edredom e saí correndo do quarto de Jin, atravesse o corredor e fui até meu quarto, entrei no banheiro as pressas para fazer minhas higienes, arrumei meus cabelos e fiz minha produção de sempre, fui até o closet e procurei por uma meia discreta mas que cobrisse minhas pernas inteiras, visto a meia e o uniforme por cima.

       O dia estava nublado, essa era a minha Desculpa perfeita para usar agasalho, terminei de me aprontar e pus tudo necessário na mochila, ouvi a buzina, e só aí me dei conta de que não daria tempo para o café.

        Desci as escadas com um pouco de dificuldade, pois o meio de minhas pernas ainda doíam, e corri até o exterior da casa, entro no carro às pressas e ponho o cinto, e só aí percebo que era TaeHyung quem estava no volante.

TaeHyung: Você fica bonita de uniforme, eu nunca reparei.

        Cruzo os braços e viro o rosto para a janela, ele me dava repulsa, não me importo com a situação atual, mas analisando de fora, vendo o que ele fez, isso me dava repulsa.

TaeHyung: Eu queria te pedir desculpas...olha Sam, eu sei que se eu tivesse pedido você não viria ok? E...eu estou tão acostumado a fazer isso pra eles que...eu entrei em modo automático.

Eu: Eu só queria saber o que ele te ofereceu de tão valioso.

TaeHyung: Tem coisa vindo aí beleza? Eu fiz isso pra te proteger, o Jin te achou bonita, e o dinheiro que ele me deu eu ajudei nossos pais em Daegu, todos saem ganhando.

Eu: Claro, depois que eu já perdi, a força, a única coisa de valiosa que eu tinha... é a história que vou contar pros meus filhos.

TaeHyung: Não seja Hipócrita, eu não teria te mandado pra isso se não soubesse que você gostaria.

Eu: Puta merda você tá se ouvindo? Em qual momento eu disse que gostava?

TaeHyung: Eu já ouvi você conversar com suas amigas, vocês podiam até ser virgens, mas tem as mentes mais sujas que a minha.

Eu: Era só conversa de garota, Porque você acharia que eu gostaria disso na vida real, qual o seu problema?

TaeHyung: Você está aproveitando mais que ninguém, e nós dois sabemos disso, agora você tem tudo, um namorado lindo, rico e relativamente famoso, mora numa mansão de fazer inveja a todos, e terá tudo que o dinheiro possa comprar.

Eu: Só tenho que pagar com meu corpo pra isso acontecer, você me dá nojo sabia?

         Ele sorri me olhando de canto, eu estava irritada com essa conversa, mas meu cérebro tinha sérias dúvidas a respeito do que ele disse, talvez eu gostasse mesmo dessa situação, ou fosse só o calor do momento, que escolha eu tinha? Dizer que não nesse momento não adiantaria muita coisa.

         Fui tirada da minha casa a força, foi terrível, vendida pelo meu próprio irmão a um homem que não conhecia, e ainda não conheço, e ele só quer me fazer de boneca... é tão errado assim aproveitar só um pouco?

         (Horas mais tarde)

         Meu dia na escola foi repleto de pensamentos rodeando minha conversa com TaeHyung, e não havia me dado conta que esqueci o celular em casa, mas já estava próximo do sinal tocar, não teria nenhum problema, era só dar a desculpa que o celular desligou e tá tudo bem...

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⏰ Última atualização: Jul 27, 2020 ⏰

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Submissa (Jin)Onde histórias criam vida. Descubra agora