05 - Aula

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Fiquei assustada com o o que li nas normas do Internato. Tinha várias salas que os professores podiam usar para punir seus alunos sempre que achassem ser necessário, quem fosse pega tentando fugir iria ser mandada para o calabouço que fica no fundo do oceano. Os dominadores, inclusive colegas de quarto tinham propriedade para falar com as submissas sem dono, e uma das piores regras era a que todo fim de semana dominadores e submissas tinham aula prática ao ar livre. No mesmo instante fechei o livro e bufei irritada. Meu Deus como pude nascer na época errada.
Sinto saudades da minha mãe e do meu pai, mas sei que temem que Ian me encontre e acabe se vingando de mim por ter feito o que fiz com ele.
Aqui ele nunca chegaria perto de mim.

Adormeci com os livros em minha cama e só quando acordei percebi que apaguei.  Assim que olho o relógio na parede logo me desperto, pra minha alegria não vejo o meu colega de quarto desde a noite passada quando ele saiu e não voltou mais, já que a sua cama está do mesmo jeito que estava ontem.

Escolhi uma top de couro e uma saia de látex preta e botas. Enquanto andava pelo corredor, a saia subia e me deixava com as pernas mais à mostra ainda. Tinha que suportar os olhares de cobiça. Passei por uns garotos no corredor e no meio deles estava o meu colega de quarto, ele me deu um tchau e eu ignorei enquanto ele sorriu não sei o porquê.

- Licença professor - dou três toques na porta antes de entrar. Apollo está com um óculos e um chicote de tiras nas mãos . Ele olha para o objeto e depois me encara soltando um leve sorriso malicioso.

- Está dez minutos atrasada srta. Young, vou começar achar que está fazendo de propósito. - novamente ele olha pro chicote.

- Desculpe, não vai mais se repetir.

- Se não quiser conhecer a sala vermelha espero que sim.

Tremi. Com esforço consegui chegar ao meu assento, avistei Selena e sentei ao lado dela.

- Pensei que não fosse vir depois de ontem - disse baixinho.

- Nunca faltarei a aula desse homem, não quero imaginar o que ele faria comigo.

- Você iria provar uma punição boa. O castigo para isso é ser "torturada" com vibradores.

Meu queixo caiu. Naão imaginava uma tortura maior do que a anterior, ele me deixou sem gozar, imagine se usar só vibradores o tempo todo? É realmente eu não quero ter que passar por isso, decido não faltar a aula dele.

- Talvez queiram compartilhar o assunto conosco senhorita Daluz - ele repreende Selena e eu.

- Perdão professor - falamos juntas.

Depois que Selena me falou aquelas barbaridades só consegui pensar naquilo a aula inteira. Se Apollo sabe dar prazer? Sim, ele sabe,  se ele queria que eu desse permissão para me penetrar? Sim, ele queria e parte de mim naquela hora também queria. Até quando eu ficaria nessa? Esse homem era a tentação em pessoa. Bem tirandoo fato de eu ter que me submeter à ele, eu admito que ele é muito lindo, e talvez ficaria melhor sem o chicote em suas mãos, sendo apenas um homem comum.

- Muitas mulheres tem receio de sentir a dor proporcionada por um dom, mas a recompensa vale a pena, você, mulher sente a dor mas a suporta porque ao mesmo tempo que seu corpo absorve a dor, você sente um choque de prazer,  então fica entre um e outro. Dor e prazer, e como em um  piscar de olhos a dor a vai embora e você só consegue pensar em gozar. Seu corpo implora.

- É assim mesmo - disse Selena.
Olhei para ela e rimos. Ao contrário de mim, Selena era muito experiente no que diz respeito ao assunto, no primeiro dia de aula ela tinha me dito que tinha um mestre e que ele a mandou ali apenas para adquirir mais conhecimento, por que nunca é demais. A verdade é que ela é muito diferente de mim, ela ama bdsm e eu odeio.

- Mas também há mulheres que são viciadas em sentir dor, umas para agradar seu mestre, já outras porque não conseguem mais evitar. Ao sentir dor, seu corpo libera a endorfina, hormônio do prazer, causando uma sensação eufórica.  Conhecidas como masoquistas, são pessoas que gostam da dor. - diz enquanto caminha pela sala passando o chicote em algumas meninas.
- Uma relação entre dominador e sua submissa, deve estar dentro dos limites que ambos impõe
Sempre tenham uma palavra de segurança. Bdsm não é algo sem limites, você, submissa pode pedir para parar se está sendo muito pra você.

Enquanto ouvíamos o professor, as imagens da aula passavam no nosso tablet, uma imagem me chamou atenção, a mulher está com uma mordaça na boca e presa em um móvel  com os pés acorrentados no chão,  totalmente imóvel  enquanto o homem a penetrava por trás. Fiquei naquela imagem e não conseguia passar. Era como um vídeo e a cena erótica me deixou molhada.

- Gostou senhorita Young? Se quiser - foi interrompido pelo sinal.
Desliguei o tablet na mesma hora.

- É uma imagem tentadora professor, se me der licença tenho que ir.

Ele pega em meu braço me fazendo recuar.

- Basta uma falha sua e estaremos juntos de novo e dessa vez, deixarei marcas em sua bunda linda - diz me olhando no fundo dos meus olhos.

Saio da sala com Selena. A mesma me olha incrédula.

- Sabe que o deus grego está doidinho pra te dominar de novo.

- Impressão sua.

Ela ri.

- Tá sei, dá mole pra você ver. - ela ri - Ei já conheceu seu colega de quarto?

- É um mala. Chato.

- No meu é uma garota. Com certeza, foi a pedido do meu dom.

- Ah pode apostar que sim. - respondo com os pensamentos na fala do professor.

  Internato para Submissas [ DISPONÍVEL NO LERA]Onde histórias criam vida. Descubra agora