4. de janeiro a janeiro

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"Olhe bem no fundo
Dos meus olhos e veja
A emoção que nascerá
Quando você me olhar.
O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino
É o amor."

CAPÍTULO REVISADO.

As aulas estavam no fim e eu não conseguia parar de pensar na merda que aconteceu na sala de humanas.
As mãos de Klaus passeando por meu corpo, apertando minha pele... Céus. Só de imaginar eu ficava arrepiada. A atração que eu sentia por aquele homem já era tão grande que me fez ir para casa dele sem conhece-lo; agora, sabendo que é proibido e errado, só consigo querer mais. Eu não sabia se isso tinha a ver com minha mente pertibada ou se era normal do ser humano desejar aquilo que não poderia ter.

O sinal bateu, mostrando que enfim a aula acabou. Jogo minhas coisas dentro de minha mochila, sem nenhum cuidado e saio da sala de exatas com Julia ao meu lado. Naqueles momentos, eu sentia falta da nossa antiga escola, onde tínhamos todas as aulas numa única sala de aula, ao invés de andar por todo o colégio indo para a sala de matérias humanas ou de exatas.

Eu não perguntei a ela sobre Dalí por medo dela perguntar o que Klaus queria quando me chamou.
Eu não sabia se conseguiria mentir se ela perguntasse diretamente. Não sabia se queria mentir para minha melhor amiga.
Juntas, nos seguimos até o bicicletario onde havíamos guardados nossas bicicletas; Julia falava o tempo todo sobre como sua mãe estava enlouquecendo com o casamento de sua irmã. Juliane iria se casar no final do ano e Julia já queria mata-la.

- Ei! - Julia chamou enquanto destrancava minha bicicleta. - Eu esqueci total de perguntar o que o professor Klaus queria com você.

Finjo que estou muito concentrada no cadeado, e mantenho meu olhar longe do dela.

Inferno, Julia.

-- Eu coloquei que tinha ansiedade, depressão, alergia a amendoim e pressão baixa. Ele quis saber mais e oferecer apoio caso eu precisasse.

- Ah, Sim. Atencioso ele, não?

Ela nem imaginava o quanto. Estremeci.

Concordo com a cabeça e subo em minha bicicleta. Julia e eu moramos em direções diferentes, por isso nos despedimos ainda na porta do colégio.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Já são seis da tarde e eu já terminei os exercícios da escola. Sempre fui uma ótima aluna, o que me levou a repetir foram as faltas constantes por causa das crises de depressão e ansiedade. Se minha vida e mente não fossem tão bagunçadas, eu não seria aluna de Klaus, já teria terminado a porcaria do terceiro ano. Respirando fundo e totalmente desanimada, pego meu celular para tentar me distrair. No Whatsapp tem notificações do grupo da sala, de Julia falando sobre o casamento, da minha mãe perguntando se estou bem. Não respondo ninguém, afinal, minha atenção está totalmente presa no número não salvo que está no topo da tela.

Ei.
Preciso falar com você pessoalmente. Por favor, me responda.
Klaus.

Eu salvo o número dele antes de responder sua mensagem.

EU: Como conseguiu meu número?

Pensei que ele demoraria a responder, mas poucos segundos passaram até a notificação chegar.

KLAUS: No IG, quando você postou que estava vendendo uma bicicleta e disponibilizou seu número.

KLAUS: Preciso te ver, Laura. Vou estar na Matriz a partir da oito. Por favor, me encontra .

professor é o car#lho. | CONCLUÍDO!Onde histórias criam vida. Descubra agora