Capítulo 07

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Aaron

Eu estava puto! Bati a porta do apartamento com toda força enquanto os rapazes jogavam video-game na sala e eu estava pouco me fodendo pro que eles estavam pensando.

-Ei! Tá maluco, Aaron?!- gritou Eric

-Maluco?! Porque vocês entraram em casa enquanto eu estava com a Baixinha?!- eu gritei

-Ah, você só quer comer ela, Aaron, não vão faltar oportunidades- disse Robert sem tirar os olhos da tela

Eu entrei no quarto batendo a porta mais forte ainda. Não! Eu não só queria isso... Como assim?! Calma, eu... Eu tinha interesse nela mas não era algo tão sem sentimentos assim. Do jeito que eles falaram, parecia que eu a usaria, e eu jamais usaria aquela baixinha, nunca.

Peguei meu violão e comecei a tocar uma música. Porra, eu não tirava ela da cabeça, queria que ela estivesse aqui, mesmo que para conversarmos... De repente, meu celular vibrou:

Acordado?
-Baixinha

Era ela. E tinha assinado como eu a chamava! Mas como tinha conseguido meu número? Provavelmente com o Eric... Enfim, não iria perder meu tempo, me joguei na cama e larguei o violão do meu lado:

Sim. Desculpe por hoje, não queria ter feito você passar por isso.

E logo veio a minha resposta:

Não se preocupe, não foi sua culpa.

Ela era incrível. Nós passamos horas trocando mensagens e eu nem tive noção do tempo, quando menos percebi, já eram 4h da manhã, meus olhos estavam pesando, mas eu não queria deixar de falar com ela.

Ei, Moreno. Eu vou dormir agora, mais tarde, que tal irmos na Starbucks?

Eu topo. Eu pago. Boa noite, Baixinha.

Já era 12:30h quando eu me levantei, vesti o primeiro jeans surrado que encontrei e uma blusa gola V verde escura. Saí correndo e bati na porta da casa dela. Esperei. Esperei. Esperei. Nada. Ela deve ter esquecido, provavelmente deve ter saído com suas amigas, mesmo assim, resolvi ligar pra confirmar meu bolo.

-Baixinha, onde você está? Não vai mais pra Starbucks? Estou aqui na frente.

Nesse momento, ouço um barulho estranho dentro do seu apartamento e ela abre a porta, seus cabelos estão bagunçados e seu pijama é o mesmo do dia anterior. Não demora muito pro meu pau ficar duro.

-Desculpa, Moreno! Eu esqueci e acabei dormindo mais que o normal! As meninas saíram sem me avisar e eu estou sozinha. Mas prometo tomar um banho rápido, me espera aqui?- ela pediu

Eu sentei na sala com um sorriso no rosto, ela era toda atrapalhada, mas não deixava de ser linda e autêntica. Que porra?! Não! Eu não estava pensando nisso. Esquece! Fiquei brincando com o cachorrinho levado que estava perambulando pelos cômodos e corri atrás dele, ele entrou no quarto dela e eu dei um passo pra trás, mas não deixei de espiar de soslaio. Ela já estava de lingerie e só. Só essas duas peças cobriam o seu corpo enquanto ela escolhia uma roupa. Cacete! Eu apertei meu pau dentro das calças tentando fazer com que ele amolecesse mas estava duro feito pedra. Ela era linda!

A Baixinha saiu do quarto com um short jeans e suspensórios e uma blusa branca, um tênis preto e uma bolsa vermelha, um estilo bem alternativo. Mas o sorriso dela era o acessório que mais me chamava atenção. E a cena de vê-la de lingerie não saía da minha cabeça.

-Vamos?- ela perguntou

-Claro- sorri

Nós seguimos para a Starbucks e escolhemos as poltronas mais afastadas de todos onde a luz ambiente mal iluminava.

-Fale mais de você- eu pedi enquanto tomava meu frapuccino e saboreava meu sanduíche

-Meus pais moram em São Paulo, são advogados, tenho uma irmã, meus avós são fazendeiros e eu pretendo ser escritora- ela sorriu timidamente olhando pra baixo e tomou sua bebida- Sou isso mesmo que você já viu, e você?

-Bom, estou em NY faz 1 ano, meu pai abandonou minha mãe quando eu tinha 15 anos, desde então eu trabalho para sustentar ela e meu irmão mais novo que moram em Belo Horizonte- lembrei da situação- Nunca foi fácil, mas também não foi difícil, e um tio meu me ajudou a vir pra cá, onde trabalho em uma carpintaria.

-E seu sonho? Quer ser carpinteiro?- ela me perguntou curiosa e eu gargalhei

-Quero ser engenheiro.

-Acho linda essa profissão, pena que não me dou bem com números e fórmulas, etc- ela fez gestos engraçados com as mãos e eu sorri

-Você tem cara de escritora- apontei pra ela com meu canudo

-Escrevo alguns livros e textos, mas não mostro pra ninguém...

-Me mostra?

-Pra quê?

-Fiquei curioso, não posso?

-Vou pensar no seu caso...

Nós saímos de lá e fomos de metrô até o Central Park. Era um domingo e estava lotado. Os cachorros corriam de um lado a outro e as pessoas os acompanhavam. Nós sentamos embaixo de uma árvore enquanto a Baixinha pegou uma maçã e ficou comendo de olhos fechados e sentindo a brisa lhe soprar os cabelos.

-Sabe, faz muito tempo que não curto o dia assim. Só vivo no trabalho e em casa e quando saio é pra ir em boates e danceterias- ela disse ainda de olhos fechados enquanto eu a admirava

-Sei...- respondi e ela me flagrou a fitando

Passamos um tempo nos encarando e ela voltou a fechar os olhos em direção ao céu.

-Eu gosto de você- ela disse- Você não me força. Posso ser eu mesma.

Ela me pegou de surpresa. Fiquei desnorteado, não sabia o que dizer, apesar de saber o que dizer. Esperei um tempo e respondi:

-Também gosto de você. Me sinto bem com você- respondi

Continuamos em silêncio. Até que ela largou a maçã e me beijou. Sim, do nada aquela maluquinha me beijou, e nós caímos. Seu corpo ficou em cima do meu e nos envolvemos em um beijo delicioso e com gosto de maçã.

-Vamos pra casa- sugeri

-Uhum- ela respondeu

Quando chegamos em seu apartamento, eu mal pude falar direito, fui entrando com ela até o seu quarto, a pendurei em meu colo pressionando seu corpo contra a parede e ouvi seu gemido. Adorava quando ela gemia baixinho. Beijei e mordisquei seu pescoço, puxei seu cabelo enquanto ela fazia o mesmo com o meu, tiramos nossas roupas e eu a vi novamente de lingerie. Deixei um rastro de beijos pelos seus ombros enquanto abaixava as alças do seu sutiã, mas então ela me parou:

-Calma, Moreno...- ela dizia ofegante

-O que foi, Baixinha? Te machuquei?- perguntei preocupado

-Não... É que... Eu sou virgem...

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Provocante - Série Irmãos MitchellOnde histórias criam vida. Descubra agora