Deixo partes suas, fugazes
me fugirem entre os dedos.
Na noite escura vejo suas sombras
mas não o seu rosto.
A caneta suspensa no papel, não faz ideia do que escrever.
Luto entre o amor e a obsessão.
Meus dedos querem a verdade, mas, meu coração adora uma licença poética.
Coração de escritor mente para ganhar a vida.
Deixo restos de amores pelo caminho, para não ter que carregar o peso do passado nos ombros, para ficar mais fácil te acompanhar, mas você corre de encontro a algo que não
sou eu.
E eu te sigo, cada vez mais leve de mim e pesada de ti.
Você não olha para trás.
Mas também não me espera.
Ou será que sou muito devagar para andar ao seu lado?
A caminhada me cansa, me dói.
Sinto falta de coisas que não deveria.
Pessoas que partiram.
Abruptamente.
Sem despedidas.
Não quero que você seja mais um que se vai, mesmo continuando aqui.
Mas a partida é inevitável.
Assim como meu coração devastado.
Nunca me acostumei com as dores.
Talvez por isso continue vivendo.
Talvez por isso continue amando.
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Fragmentos avulsos de uma vida inacabada
PoesiaPensamentos fragmentados escritos por diferentes pessoas que moram em mim. "Ela poderia ser qualquer coisa." -Submarine