Tempestade

139 49 29
                                    

Encontro-me, sozinha em casa, chove muito lá fora. O barulho da chuva me agrada, mas, o frio não. Há dias que não para de chover. Não gosto de dias assim, eles me deixam triste.

Faz muito frio, não tenho roupas de inverno, então, tento me agasalhar com alguns lençóis velhos. A rua, quase deserta, não passa ninguém. Observo a vista chuvosa, não vejo o sol, apenas a imensidão do céu esbranquiçado com nuvens cinzas. Posso ouvir o barulho dos trovões, é apavorante, mas, eles não me assustam. Meus ouvidos já ouviram coisas piores, querido, e elas saíram da sua boca. Cruel. Grosso. Desumano.

Ah, querido... palavras, às vezes, são piores que tapas. Elas ferem, machucam, deixam marcas e cicatrizes que nem mesmo o tempo pode apagar. Por que dissestes aquilo, querido?

A noite chega, a tempestade parece estar mais violenta agora. Os raios, iluminam minha pele pálida, o som dos raios é assustador.

18:33 ainda não acendi as luzes, apesar de que já escureceu há algum tempo. Deixe que as luzes dos raios entrem e iluminem a casa. Só quero continuar sentindo essa noite fria.

Fecho os olhos, deixo a tempestade me levar. Deixe que ela me leve. Que me lave.

"O amor é como um campo minado, temos que tomar cuidado, ou, saímos despedaçados"

Andreza Teixeira

O Último RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora