》𝘼𝙣𝙤𝙩𝙝𝙚𝙧 𝘾𝙡𝙞𝙘𝙝𝙚《•Ruel Van Dijk•

Capítulo 8 - Atordoado e confuso.

*Brooklyn's POV*

Os raios solares batem diretamente em meu rosto, fazendo-me virar a cabeça para o lado oposto da janela, que precisa de uma cortina urgentemente.

Sinto uma respiração forte bater contra meu rosto, fazendo-me abrir os olhos mesmo que contra a minha vontade.

Apesar da imensa claridade dentro do quarto, Ruel continua em seu sono mais profundo; com os lábios entreabertos, bochechas rosadas e fios da cabelo loiros que teimam em ficar na frente de seu rosto.

É, eu preciso sair daqui. Não quero. Mas preciso.

Faço menção de levantar, mas sou impedida por um peso que cobre minhas pernas e cintura. Ergo minhas mãos com cuidando, puxando a barra da coberta próxima ao meu pescoço e suspiro fundo ao ver que o loiro está com as pernas entrelaçadas nas minhas e me abraça pela cintura, como se eu fosse uma espécie de travesseiro gigante.

Ok, como é que eu levanto agora?

Ergo meu olhar até o telhado acima de nós, encarando o forro de gesso branco com três lâmpadas daquelas que usam em estúdio de fotos.

— Caralho.. — o garoto sussurra com a voz rouca próximo ao meu ouvido, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. — Que dor de cabeça da porra. — resmunga escondendo o rosto na curva do meu pescoço.

Deus, socorro.

— Bom.. dia. — minha voz falha e ao mesmo tempo sai rouca.

— Shiu.. — o loiro sussurra. — Fala baixinho..

— Tá bom, desculpa.. — sussurro virando meu rosto em sua direção.

Ruel abre os olhos minimamente encarando meu rosto, pisca algumas vezes e arqueia as sobrancelhas com uma expressao engraçada de estranheza no rosto.

— Que porra aconteceu com a sua cara? — questiona sussurrando e me deixa confusa

— Ué, como assim? — pergunto no mesmo tom de voz do loiro.

— Tá parecendo que você beijou um palhaço e depois passou carvão nos olhos.. — ele ri.

— Ah, maquiagem.. — nego rindo baixo.

— Quer levantar? — pergunta.

— Não. - digo sincera. — Mas preciso. — suspiro fundo. — Meu pai já deve estar preocupado.

— Não, tá tudo bem. A Coco ligou pra ele avisando que você ia dormir aqui e que só voltaria depois do almoço. — explica.

— A Coco sabe que estou aqui? — pergunto.

— Não só a Coco, como a casa inteira. — sorri.

— Mas ela nem viu a gente chegando de madrugada. — digo confusa.

— Não se lembra de nada que aconteceu? — ele ri baixo e nega.

— Só de estar deitada na sua cama..

— Você levantou de madrugada e foi beber água, mas tropeçou nas escadas e caiu.. — ele diz com um sorriso engraçado nos lábios. — O Wilbur viu e começou à latir, você começou à brigar com ele dizendo pra fazer silêncio e que iria acordar a casa inteira, ele começou à rosnar e você começou à explicar pra ele que era errado, que vocês dois podiam ser amigos.