-Claro que não! –Digo e fico mais vermelho que um tomate.
-Eles crescem tão rápido. –Jade falou limpando uma lágrima imaginária com uma de suas mãos.
Depois de muita discussão de Jade dizendo que eu havia me apaixonado, e eu negando todas as vezes, decidi perguntar sobre a menina.
-Você sabe quem é ela?
-Humm... Então você está interessado nela? –Ela pergunta me cutucando com seu cotovelo.
-Ló-lógico que não! Só estou curioso. –Falei e me condenei mentalmente por ter gaguejado.
-Se você gaguejou, quer dizer que você está nervoso com algo... –Ela me olhou de forma sugestiva.
-O que você está insinuando?
-Que você... está apaixonado! –Ela disse e começou a correr pelos corredores.
-Por que você está correndo? –Perguntei correndo atrás dela.
-Porque eu quero!? –Virou a cabeça para trás e me mostrou a língua.
-Jade! Cuidado! –Aviso. Porém, foi em vão. Jade bateu de frente com uma mulher, fazendo as duas caírem no chão.
-Você está bem? –Pergunto e estico uma mão para ajudar Jade a se levantar.
-Desculpa moça. –Ela diz depois de se levantar.
-Não tem problema. –A mulher sorri.
-O que aconteceu mãe!? –A menina de mais cedo sai de uma das salas que haviam no corredor em que estávamos, e pergunta ajudando a mulher a se levantar.
-Foi só um esbarrão Emma. –Falou já se levantando.
Agora eu sei o nome dela. É Emma. Que nome lindo... Igual ela.
Percebo que estou encarando muito, e desvio o olhar, olhando para Jade que me encarava sorrindo.-Tá olhando o que eim? –Sussurro para que somente ela ouvisse.
-Nada... Só uma pessoa apaixonada. –Sussurrou de volta enquanto sorria.
-Meu Deus! Você está bem? –Perguntou a diretora saindo da mesma sala em que Emma havia saído.
-Eu estou bem. Foi só um esbarrão. –Disse a mulher sorrindo.
A diretora olhou para o lado e viu que eu e Jade estávamos ali.
-Emma, esses são Henry e Jade, seus colegas de classe. –Ela disse apontando para nós.
-Prazer em conhecê-los, eu sou Emma Florence. –Disse e se curvou.
-O prazer é nosso! Eu sou Jade, e essa pessoa que está te encarando, é o Henry. –As duas começaram a rir.
-Desculpa... Prazer, eu sou o Henry. –Falei sorrindo e estiquei uma de minhas mãos para cumprimentá-la.
Apertamos as mãos.
-Já que vocês estão aqui, podem mostrar o colégio para a Emma? –A diretora perguntou nos olhando.
-Ela vai estudar aqui? –Perguntei confuso.
-Eu falei quando apresentei ela. –Ela disse revirando os olhos.
-E então... Vocês vão me mostrar o colégio? –Emma perguntou olhando para nós dois.
-Sim! –Respondemos em uníssono.
Logo depois, nós três andamos por todo o colégio, mostrando tudo para Emma.
Quando chegamos na biblioteca –que era o único cômodo que faltava mostrar– Emma se encantou, seus olhos brilhavam em pura felicidade.
-Quantos livros! –Ela disse sorrindo.
-Aqui sempre está aberto, então você pode vir sempre que quiser. –Jade falou, o que fez o sorriso de Emma aumentar ainda mais.
-Faltam quantos cômodos para eu ver?
-Esse é o último. –Falei, e ela sentou em um puff que havia ali.
-Como esse é o último, eu vou ler. Não há maneira melhor de conhecer uma biblioteca, do que ler os livros dela. –Ela disse e eu apenas concordei com a cabeça.
-Bom... Então eu já vou indo. –Falou Jade, chamando nossa atenção.
-Mas já? –Perguntou Emma com uma cara triste.
-Eu preciso terminar de fazer a tarefa de matemática... E o Henry também. –Me desanimei ao ouvir isso, sou péssimo em matemática.
-Então, tchau. –Emma falou, balançando as mãos.
-Tchau. –Respondi sorrindo, e segui Jade para fora do local.
~•~•~•~•~
Depois de terminarmos a tarefa, vimos que já estava anoitecendo e cada um foi para o seu quarto.
Coloquei um pijama e antes de dormir, decido ler outra página do livro.
“O coração quando ama, tende a negar, contrair os sentimentos, se iludir e até mesmo se entregar de forma imatura.”
E foi com essa linda frase, que eu me deitei na cama e me permiti descansar.
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Agora vocês já sabem o nome da menina que conquistou o coraçãozinho do Henry❤
Até o próximo capítulo👋
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Escrevi isso pra você
RomanceComo um livro pode juntar as pessoas? A resposta é simples: Com palavras; as palavras expressam tudo o que sentimos, alegria, tristeza, raiva, etc. E foi assim que um livro velho conseguiu juntar duas pessoas.