Anne e Lucy tem personalidades distintas e muito diferentes. A primeira, antes de seus quinze anos, já colecionava um boletim com notas excelentes e impecáveis, tinha uma reputação que zelava como ninguém e fazia parte de duas famílias bruxas import...
Olá! Felizmente temos capítulo novo e quentinho para vocês!
Espero que estejam gostando.
Boa Leitura ♥
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A notícia de que Anne havia conseguido pegar o vira-tempo fora recebida com entusiasmo e muito alívio por parte de Lucy. Entretanto, confessou para a amiga que, mesmo estando confiante sobre o seu plano, havia uma pequena parte dela que tinha medo. Afinal, era um ano letivo completo que ambas estavam dispostas a cursar, e a volta para o presente momento só seria possível através de um feitiço complicado que deveriam fazer antes da viagem.
Mas tudo isso era por conta da loira, e se algo saísse errado a partir daquele momento seria única e exclusiva culpada.
Contudo, estava ansiosa e muito animada. Tinha esperança de que todo o seu medo se esvaísse no exato momento em que visse Draco Malfoy, seu grande amor, pela primeira vez. Foram tantas noites imaginando como seria o seu primeiro encontro com ele, tantos discursos preparados para uma primeira conversa, tantos modos que ela havia planejado de se tornar sua amiga, que mal via a hora de poder coloca-los em prática. Já Anne não tinha nada em mente, e apenas deixava o destino falar por si, pois sabia que de nada adiantava ficar imaginando coisas sem ao menos saber onde e como poderia acontecer.
No dia 29 de agosto Lucy já estava de pé às cinco da manhã. O avião partiria em três horas, mas já estava preparada desde a noite do dia anterior. Contou tudo novamente, checando cada detalhe de sua lista com os itens que não podiam faltar. Entregara para Anne seus documentos falsos que ela conseguira comprar graças à ajuda da internet. Contudo, não fora nada barato, e aqueles que a venderam eram pessoas questionáveis. Temeu que os documentos fossem declarados falsos sob alguma rigorosa avaliação, mas percebeu que elas precisariam deles para apenas entrarem no trem, nada além disso. Passariam numa boa, tinha plena certeza.
Tomou seu café com tanta pressa que mal sentira o gosto das torradas em seu prato. A carga de ansiedade tomava seu corpo dos pés à cabeça, e não via a hora de estar naquele avião junto a Anne partindo para Londres rumo ao seu futuro tão almejado.
Anne e Lucy preferiram viajar como trouxas. A escolha foi por causa do vira-tempo e a quantidade de malas que elas carregavam. Chaves de portal poderiam ser usadas, as redes de pó de flu levariam um pouco mais de dificuldade para chegar em ao destino e várias lareiras eram preciso para cumprir o seu objetivo, e vassouras eram extremamente inviáveis e proibidas para menores de idade. Apesar do incômodo tempo sentadas numa poltrona desconfortável, estariam mais seguras ao lado de pessoas que não tinham ideia do objeto poderosíssimo que ambas guardavam.
Após as despedidas de seus pais, Anne e Lucy se ajeitaram nos seus lugares e sentiram seus corpos um pouco menos tensos. Anne, principalmente, pois havia roubado o vira-tempo de sua mãe a poucos dias atrás e ainda temia que ela descobrisse. Mas o avião partiu, e junto com ela o precioso objeto.
