Yoongi, Motivo do meu sorriso (BTS)

E QUEM DISSE QUE EU LIGO PARA ISSO?

- Ana... Aninha! Você está nessa terra? - Kook me chama.

- Ah ... Oi, Kook! Me desculpa! - Digo constrangida.

- É a terceira vez que você se distrai... Tem certeza que está tudo bem? - Kook fecha o caderno para dizer que tenho a total atenção dele.

O olhar meigo do garoto é reconfortante e me transmite segurança. Mas como contar tudo que estou sentindo? Como contar a um garoto apaixonado que o amor é doloroso? Como contar a ele, a tristeza que Yoongi me causou?

Não sei nem como começar...

- Você está chorando?! - Ele se desespera para secar a lágrima que caiu sem eu sentir.

- Estou bem, Kook! - Forço um sorriso mais mentiroso que eu.

- Não, não está! - Ele se irrita.

- Está tudo bem, vamos continuar com a aula! - Tento abrir o caderno mas Kook me impede.

- Olha, eu sei tá... Que não sou o Kim, que não sou tão seu amigo quanto ele, sei que sou o caçula do grupo, mas eu te adoro também e estou aqui para o que você precisar! Eu juro que sou bom ouvinte! - Ele acaricia minhas mãos.

- Também te adoro, Kook! E te considero muito como qualquer outro amigo, mas para ser sincera, eu nem saberia por onde começar! - As fórmulas escritas no livro de química parecem difíceis e embaralhadas.

Quero focar aqui, no Kook e nas matérias a serem estudas, mas meu coração dói e meus olhos queimam.

- Vamos, Ana! - Kook começa a guardar meu material.

- O que? Como assim? O que está fazendo? - Fico confusa.

- Vou te levar para casa! Vem! - Ele diz me levantando da cadeira.

- Mas Kook, a aula! - Digo enquanto sou arrastada para fora do quarto.

- Se eu soubesse que estava mal, teria cancelado a aula de hoje! Seu bem estar é mais importante para mim! - Seus olhos ternos confortam meu coração e logo um sorriso fraco surge em meus lábios.

Obrigada, menino Jungkook!

~∆~

- Filha?! - Minha mãe abre a porta do meu quarto com cautela.

- Oi, mãe! - Respondo saindo debaixo da pilha de cobertores que criei em cima de mim.

- Que frio! - Ela alisa os própripios braços.

Apenas respondo com um sorriso fraco. Liguei o ar na temperatura mais fria possível e por isso estou com todos meus cobertores em uso... Quanto maior a pilha, mais escondida fico e mais longe da realidade também.

- Você tem visita, Ana! - Ela dá passagem para um garoto, cuja a afeição é de uma noite estrelada.

- Mark! - Olho para o relógio que marca 19:07h.

- Oi, Ana! Boa noite! - Ele diz envergonhado.

- Vou deixá-los a sós! Qualquer coisa, só me chamar! - Diz minha mãe que antes de se retirar sussurra "Ele é lindooo".

Errada ela não está, mas nesse momento estou torcendo para que o lindo aqui, não tenha escutado.

- Tá bom, mãe! - Digo e ela finalmente sai.

- Desculpa, sei que fui pontual demais, mas é que estou ansioso! - Ele disfarça mexendo no cabelo.

- Imaginei que chegaria no horário, então não se preocupe! É que não sabia que já era tão tarde! - Tento aliviar a tensão dele.