0.14.

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Rebeca's point of view🌹

A madrugada nunca foi tão grande, a hora não passava de jeito nenhum, depois da ligação do meu pai eu fiquei completamente perdida e confusa, as palavras dele ainda estavam aqui na minha cabeça, elas não me permitiram ao menos fechar os olhos...

—se quiser ver a sua mãe viva, você tem que tá aqui amanhã mesmo, boa noite Rebeca.

Eu não sei como ir, não sei como chegar lá, não posso levar Madalena comigo, com quem eu a deixaria? Marília não podia por conta dos meninos, Melissa não conseguia por está passando mal sempre...
Após uma breve conversa com Matheus ele decidiu que viria comigo, ele ligou para a família dele (Milene, Juliana e Jorge) e perguntou se eles podiam ficar com a nossa filha e com a cachorrinha, eles toparam na hora!
Eu fui ao meu apartamento rapidinho arrumar minha mala e voltei para a casa do Matheus, não dormi a noite, só chorei baixinho, minha mãe estava partindo e eu mal tive chance de viver com ela nos últimos anos, tava doendo muito.

Mas a pior parte de tudo isso foi ás seis da manhã, quando Milene chegou e eu sabia que teria que ficar longe da minha neném, ela já estava acordada e me partiu o coração vê-la ali tristonha porque não podia vir comigo.

—A mamãe e o papai vai ter que viajar pra resolver umas coisinhas,mas eu já volto tá ok?—falo com a voz já embargada.—Tu vai ficar com a vovó e o vovô e até a titia veio fica contigo.—A abraço apertado e logo Matheus entra no abraço.—Eu te amo muito meu bem, quando você menos esperar a mamãe tá aqui.

—Eu também te amo muito mamãe, não demora!

—A gente tem que ir, senão a gente vai perder o vôo.—Matheus pega Madalena a abraçando, depois a entregou pra mãe dele.

—Milene, muito obrigada por cuidar dela.—Agradeço mais uma vez, sendo arrastada pelo Matheus para dentro do carro.

O caminho foi quieto, eu estava cansada, e sabia que ele também estava, me limitei a apenas agradecer o motorista quando chegamos no aeroporto.
Fomos direto para o check in e minutos depois estávamos dentro do avião, nós ajeitamos, Matheus pegou o fone de ouvido e um travesseiro, joguei minhas pernas em cima da dele e meu travesseiro me arrumando, o cansaço era enorme.

—Pode dormir, quando estivermos chegando eu te acordo.—Apenas concordo.

(....)

Eu me espreguicei toda ao pisar no solo, o vôo foi bem rápido, Matheus carregava as malas e eu s travesseiros.

—O que a gente faz agora, vai pro hospital?—Ele pergunta ao me ver esperando um táxi com o celular na mão.

—Ela tá em casa Matheus, deve ser quase uma hora até a fazenda deles.

—Seus pais tem uma fazenda?—Ele pergunta surpreso.

—Meu pai comprou depois que se aposentou, ele tá muito velho pra cuidar da empresa e bom, eu sou deserdada.—Explico após entrar no táxi, explico o endereço.

É possível eu ter cochilado em algum momento do caminho, eu acordei e já estavamos quase chegando, olhei para Matheus que sorriu fraco pra mim, ele pegou minha mão ao notar meu nervosismo.

Baby Thuler|| Matheus ThulerOnde histórias criam vida. Descubra agora