Já que era dia de Ano Novo, a estação de trem Gare de Lyon estava praticamente abandonada. Pombos kamikazes disparavam em padrões de voo que pareciam loopings excêntricos sob o teto de vídeo e aço maciço.
Nosso pequeno grupo de seis estava tolhido no espaço colossal, observando Taehyung e Suzy embarcarem no comboio de alta velocidade ultramoderno que os levaria de Paris para Nice em pouco menos de seis horas. Hoseok carregou uma pequena montanha de malas em seu carrinho de bagagem enquanto os gêmeos se inclinavam para abraçar Yoongi, Jungkook e eu e mais formais beijos na bochecha de Gaspard e Jean-Baptiste.
Enquanto uma voz digital feminina anunciava as próximas partidas de trem, Suzy se soltou do abraço de urso de Hoseok e subiu no trem sem olhar para trás. Taehyung limpou as lágrimas do rosto enquanto se virava
— Você voltará antes do que pensa — disse Jean-Baptiste, um raro traço de emoção tingindo sua voz. Els assentiu silenciosamente, olhando como se estivesse lutando para não explodir em soluços.
— Escreva e-mails... E telefone! — Eu o lembrei — Nós nos manteremos em contato. Eu prometo! — Eu joguei um beijo para ele com ambas as mãos enquanto ele caminhava para dentro do trem e desaparecia atrás das janelas escuras.
Jungkook colocou os braços protetoramente em meu ombro. Eu me virei para que os gêmeos não me vissem chorar.
Taehyung era a única garoto de quem eu realmente tinha me aproximado desde que me mudei para Paris quase um ano atrás. Era minha culpa: eu não estava realmente procurando por amigos. Por metade deste tempo eu tinha sido um eremita. Então, apareceu Jungkook, e era como se ele tivesse trazido um pacote com um grupo de amigos com ele. Não tinha passado despercebido por mim, que eu preferia passar meu tempo com os zumbis do que com as pessoas vivas. Eu tentei não pensar no que aquilo dizia sobre mim.
O som do apito do condutor perfurou o ar gelado. O trem estremeceu uma vez e depois partiu. Nosso grupo incompatível ondulava nos vidros escuros antes de caminhar em silêncio e a passos lentos em direção à entrada da estação. Todos pareciam perdidos em pensamentos quanto o telefone Jungkook começou a tocar.
Ele olhou para a tela e respondeu
— Bonjour, Geneviève — Depois de ouvir por um momento, ele parou no meio do caminho, com o rosto pálido — Oh, não. Não!
Ouvindo seu tom lamentoso, todos congelaram e olharam para ele, esperando
— Apenas fique aí. Nós já chegaremos — Ele desligou o telefone e disse — O marido de Geneviève morreu esta manhã. Ele foi para a cama na noite passada e não levantou mais.
O grupo inalou como se fosse uma pessoa só e ficou parado lá, aturdido
— Oh, minha pobre Geneviève — Disse Gaspard finalmente quebrando o silêncio.
— Ela notificou... — Jean-Baptiste começou.
— O médico já se certificou de que Philippe está morto, e o seu corpo foi levado pelo médico legista. Ela teria ligado antes, mas estava com medo que, se Taehyung soubesse, não teria entrado no trem.
Jean-Baptiste assentiu.
Mesmo que Geneviève vivesse do outro lado da cidade e não frequentasse sempre La Maison, ela e Taehyung tinham sido amigos por décadas. Taehyung tinha me dito uma vez que era difícil passar o tempo apenas com os garotos. Antes de eu chegar, Geneviève era a única amiga que ele tinha além dos meninos, e Taehyung tinha corrido para sua casa toda vez que ele e Suzy tinham uma briga.
— Ela esperou que alguns de nós pudessem ir até lá para ajudá-la com os planos do funeral. Jimin, você quer ir comigo? — Jungkook perguntou. Eu assenti.
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Até que eu morra
Novela Juvenil*ESSA HISTÓRIA NÃO É MINHA. É UMA ADAPTAÇÃO. ELA PERTENCE A AMY PLUM.* Parte 2 de "Morra por mim" Jimin e Jungkook estão finalmente juntos em Paris, a cidade das luzes e do amor. Mas esse amor carrega uma questão que não pode ser ignorada: como ele...