II

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(NÁRNIA EXISTE )

Era tudo como Marie sempre sonhou. Águas claras e transparentes , o céu límpido e o sol brilhante.

Nárnia era incrível, e Marie estava encantada com aquela linda paisagem de tirar o fôlego. Depois de alguns minutos observando e contemplando aquele lugar memorável , Marie encarou Lúcia que a fitava com carinho. As duas se entreolharam e depois voltaram seus olhares para o lindo mar a sua frente, se entreolharam novamente, e tiveram o pensamento compartilhado. Correndo de encontro ao mar as mesmas gritavam " O último é ovo podre ". Todos sorriam alegres , tanto por estarem em Nárnia e também por sua amiga estar lá. Todos brincavam na praia, era incrível ver aquela cena divertida , era quase impossível dizer que quatro das crianças já foram adultos , reis e rainhas de Nárnia.

Logo começou uma pequena batalha entre eles , guerra d'água para ser mais exato, todos estavam se divertindo , até que do nada Edmundo ficou quieto , olhando para o nada. Pedro percebeu , e olhou para o mesmo lugar que Ed , voltando a atenção ao mesmo ,sem entender o que o deixara daquela maneira.

_ O que foi Ed ?- Perguntou o loiro. Todos prestavam atenção a cena.

- Onde estamos?.- Perguntou Ed .

- Onde acha que estamos?- Respondeu Pedro com outra pergunta, fazendo assim Marie e Ed revirarem os olhos.

- É que.. Não lembro de ruínas em Nárnia.- Falou Ed ,e Pedro voltou o olhar para o que parecia um monumento muito bonito , só que estava em pedaços.

Todos saíram da água, e logo se puseram a tirar as roupas mais pesadas como: Casacos , cachecóis, coletes e sapatos.

Logo começaram a explorar o local, a mata tomava de conta de todo o espaço. A mata verde e cheia de flores era entrelaçada com os pedaços de mármore caídos ao chão.

Lúcia e Marie estavam a procura de comida, como frutas ou castanhas. Ambas encontraram um pomar cheio de frutos vermelho vivo e logo se puseram a colher e se alimentar.

Marie deixou Lúcia terminar de colher algumas maçãs, e resolveu caminhar por aí, descalça e com os cabelos presos em um coque alto, a garota de cabelos castanhos e olhos da mesma cor se locomovia rumo ao centro do local , bem no meio das ruínas . E começou a observar o local com mais atenção, observou todo o espaço.

- Quem será que vivia aqui?- Perguntou Lúcia.

Susana caminhava rumo a sua amiga , porém acabou pisando em algo irregular. A mesma olhou com atenção o objeto e viu que o mesmo não era uma pedra , mas uma peça de xadrez de ouro.

- Éramos nós- Falou com tristeza e uma certa incerteza. Marie observava aquilo intrigada. Como eles moravam aqui ?

Edmundo se aproxima de Susana e pega a peça de sua mão , por fim a observa e conclui :

- Eii! É do meu jogo de xadrez.

- Que jogo de xadrez?- Perguntou Pedro .

- Em casa eu nunca tive um jogo de xadrez de ouro puro, mas isso é meu. - Diz por fim.

Lúcia observa tudo de um parâmetro geral. Até que percebe uma coisa que estava em baixo do nariz de todos, mas que ninguém percebeu. Aquelas ruínas, aquelas pilastras quebradas os cacos de vidro no chão, só podia ser , na verdade era.

- Não acredito! .- Gritou Lúcia, enquanto corria para o centro do local, onde Marie estava, logo seus irmãos correram atrás dela.- Não estão vendo?

- O que ?- Perguntou Pedro.

- Imaginem murus - Disse colocando Pedro em um local determinado. - e colunas ali- Continuou colocando todos em seus devidos lugares.- e um telhado de vidro. - Falou se pondo entre Pedro e Susana.

- Cair Paravel.- concluiu Pedro com o olhar distante.

( . . . )

Lúcia, Edmundo , Marie , Susana e Pedro, continuaram caminhando juntos por entre os destroços do lindo Cair Paravel.

Foi quando Marie percebeu um coisa estranha, haviam pedras com destroços perto. Ela se abaixou para olhar mais de perto e então concluiu com a voz baixa , como em pensamento:

- Catapultas.

- O que ? - Pedro perguntou.

- Catapultas- Repetiu mais alto , se levantando de perto da pedra.

- Não foi uma tragédia natural , Cair Paravel foi atacada. - Ed concluiu o pensamento de Marie e a garota apenas balançou o rosto concordando com o garoto de cabelos pretos.

Continuaram caminhando e encontraram uma pedra grande , Pedro e Ed a retiraram dando lugar a uma porta frágil de madeira. Pedro quebrou a porta , perto da maçaneta. A abriu e olhou para dentro. Pegou um canivete e começou a cortar sua camisa , pegou um graveto e pôs a enrolar o pedaço de pano cortado no mesmo.

- Por acaso tem fósforos aí? - Perguntou Pedro para a menina de olhos castanhos .

- Bem.. Não tenho , mas será que isso serve?- Perguntou a menina enquanto retirava da bolsa uma lanterna , que Ed a pedira para guardar na mesma de manhã.

- Podia ter me falar o um pouco antes não acha ?- Perguntou Pedro rindo de si mesmo.

- E perder essa sua cara ? Nem morta- A garota entrega a lanterna ao verdadeiro dono e o mesmo entra na sala secreta, dos Reis e Rainhas.

Entrando na sala pode se ver uma escada em caracol que dava direto para o vão debaixo. Os amigos foram todos um por um. Chegando no salão, puderam ver quatro baús , um para cada rei. E logo depois dos baús uma estátua dos Pevensie mais velhos. Cada um foi de encontro com o seu, Marie apenas admirou a sala e a felicidade de seus amigos por estarem de volta.

- Não acredito nisso , ainda está tudo aqui.- Disse Pedro.

Lúcia pegou um vestido de seu baú e o colocou em frente de seu corpo , e balançou o mesmo de um lado para o outro como em uma dança.

- Eu era tão alta.- Disse risonha. Enquanto Susana pegava seu arco e flecha com uma aljarra cheia de flechas com as pontas em ouro e penas vermelhas na parte superior.

- Não, é que você era mais velha.- Respondeu Susana.

- Ao contrário de centenas de anos que é mais jovem. - Ed disse com um capacete extremamente grande em sua cabeça, Marie foi de encontro a um escudo com um leão desenhado na parte da frente.

- Estranho. Devo ter deixado a minha trompa na cela , no dia em que voltamos- Falou a Gentil.

- " Nos dentes de Aslam o inverno morrerá."

- "E em sua juba a primavera voltará. " - Lúcia completou a frase de Pedro.

Pedro olhava para a espada em sua mão, a mesma que recebera a um ano atrás pelo "Papai Noel" .

- Os nossos amigos . O Sr. Tuminus, os castores , todos eles se foram- Falou Lúcia com lágrimas nos olhos. Marie foi de encontro a mesma , e a abraçou com carinho.

- É hora de saber o que realmente aconteceu. - Pedro falou e todos o olharam com determinação.

As Crônicas de Nárnia e a Rainha Stronghold Onde histórias criam vida. Descubra agora