Maratona 2/4
Amélia Álvares Point of view
Sinto a areia ao meu lado afundar e nem preciso me virar para saber que é JJ, depois de sair de lá eu vim pro lugar onde eu mais me sentia bem, a casa mal assombrada.
Estávamos sentados na areia em frente a casa, meu chinelo estava ao meu lado e eu havia tirado minha roupa estando só de biquíni
- desculpa - JJ diz depois de alguns minutos me puxando para um abraço de lado, deito minha cabeça em seu ombro, estava mais calma agora e tê-lo ao meu lado é bom.
- está tudo bem - afirmo enquanto mantenho meus olhos na maré- eu tinha 15 anos quando tudo aconteceu JJ - começo a falar, seria agora ou nunca. - meus pais passavam mais tempo no escritório do que em casa e eu normalmente ficava na casa de amigos, sempre evitando ficar junto com meus pais, era meu aniversário de quinze anos e meus pais me avisaram por e-mail que não poderiam voltar para casa, em momento algum eles falaram sobre meu aniversário...eles tinham esquecido novamente, novidade! Eu estava tão brava, que não consegui pensar e fui para festa na casa de uma amiga minha escondida. Eu nunca tinha bebido, nem usado drogas...mas naquela noite eu bebi tudo que não tinha bebido a vida toda, oque foi uma péssima ideia.- JJ parecia estar prestando atenção já que ele não falava nada - eu não lembro de muito naquela noite, só que eu senti braços fortes me levarem para um quarto vermelho- digo e as lembranças voam novamente - ele me colocou na cama e eu não lembro do rosto dele, só que ele tinha mãos firmes - meus olhos se enchem d'água mas eu tinha que contar isso, tinha!. - na manhã seguinte eu acordei na calçada da minha casa com o meu vestido rasgado e minha calcinha com sangue, minhas pernas doíam e eu tinha medo de estar morrendo - o corpo de JJ fica rígido - eu entrei em casa e meus pais ainda não tinham chegado, então eu corri para o quarto, só que quando estava na escada eu lembrei de algo, lembrei de outra garota entrando no quarto e dizendo "ela não pode saber de nada amanhã"- fungo meu nariz - passou algumas semanas e eu não tinha dito nada para ninguém, até que uma tarde eu fui para casa da mesma amiga minha, a da festa. Fui fazer um trabalho e quando cheguei lá a primeira coisa que fiz foi vomitar, eu e minha amiga passamos a tarde trabalhando e ela pediu para mim pegar a tesoura dela que havia ficado no quarto do irmão dela, eu não vi problema então fui, mas assim que ele abriu a porta e eu entrei no quarto, as lembranças vieram como filme. O irmão da minha amiga era o meu estrupador, e ela que havia me visto naquela noite e havia me deixado lá com ele, ela sabia JJ, sabia que ele ia me estrupar...e deixou - mais lágrimas caem - eu lembrei dos meus gritos pedindo para parar, lembrei dos toques dele em mim, por cima de meu seio...- eu fecho os olhos e a imagem vem - eu fiquei em choque, comecei a chorar e ninguém entendeu nada até que eu fui para o quarto da minha amiga, falei tudo, que tinha lembrado e tudo mais - digo limpando minhas lágrimas com as costas da mão - ela negou até o fim mais quando eu disse que lembrava dela ela se transformou disse que era melhor eu ir embora, naquele dia eu fui, tentei falar prós meus pais de todo jeito...mas eles estavam ocupados demais. Na escola eu só ficava com as meninas, tinha medo de ficar perto de garotos com mãos firmes. Em uma noite minha mãe descobriu e eventualmente falou para meu pai só que diferente da reação que normalmente os pais tem, meu pai não ligou. - meus olhos novamente enchem d'água - ele era advogado, então não podia manchar sua "reputação" com algo "tão besta" - JJ respira mais rápido enquanto acarencia meu cabelo - em uma noite meu pai veio até meu quarto enquanto eu estava deitada, se sentou na beira da cama e disse "foi só um pequeno erro, não vamos incomodar a polícia com pouco caso né?" - limpo minhas lágrimas - minha mãe parou de me olhar da mesma forma, meu pai nunca mais me chamou de filha e quando ele morreu eu achei foi graça - olho para JJ que me escutava atentamente - os pais do garoto nunca souberam oque ele fez e ele? Hoje em dia tem uma filha com uma garota de 16 anos - depois de acabar me jogo na areia de costas respirando fundo - é tão bom falar isso para alguém - digo de olhos fechados, JJ se deita ao meu lado me puxando e abraçando minha cintura
- você se sente melhor?- ele pergunta me olhando nos olhos
- você vai se sujar - aviso
- responde - ele é firme.
- você sempre me faz ficar melhor JJ, você é meu lar - ele sorri e me puxa para um beijo, que de uma forma assustadoramente se tornou intenso, eu sei oque JJ estava fazendo...ele queria me fazer superar.
JJ sobre em cima de mim intercalando seu peso nas mãos ao lado da minha cabeça, tiro sua blusa jogando-a na areia ao lado, começo a desabotoar sua bermuda e JJ me encara
- acha que está pronta?- JJ olha no fundo dos meus olhos, eu me sentia segura..e era isso que importava
- sim - sou firme e JJ olha para os lados me pegando no colo em seguida, me leva até dentro da casa no nosso quarto especial, atacando meus lábios novamente, JJ desamarra meu biquíni em alguns segundos já estamos sem nenhuma peça, JJ olha meus seios beijando-o em seguida, enquanto massageia o outro.
- não tira os olhos dos meus - JJ diz firme e eu faço oque ele pede
Ela não pode saber
JJ beija meu pescoço deixando chupões ali
Você é idiota? Deixou ele fazer isso?
As mãos ágeis de JJ entram em contato com minha intimidade e eu fecho meus olhos de prazer
- Amélia, os olhos - JJ me repreende e eu abro o mesmo
Tá me machucando Eric!
Já vai acabar docinho
Seguro minhas lágrimas mas é em vão, JJ para no mesmo momento e me olha, seus dedos saem de mim e JJ se senta ao meu lado
- me desculpa - começo a chorar indo para o colo de JJ, me sento sobre seu colo com as pernas uma de cada lado
- tá tudo bem, eu estou aqui - JJ me faz olha-lo- eu nunca vou deixar que te machuquem - ele diz sério - nunca Amélia, nunca - é firme
Deito minha cabeça em seu peitoral e ficamos nessa posição por um tempo.
Estávamos abraçados e pelados, mas por algum motivo isso não era desconfortável.
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HOME ✓ JJ [ PAUSADA]
Fanfiction"- lar é onde eu posso ir para tirar o peso de meus ombros, um lugar onde eu me sinto eu mesmo, entende?...e esse lugar sempre vai ser você Amélia" Amélia não teve a melhor das recepções por parte dos pogues mas no entanto uma noite fez tudo mudar...