A Filha Do Bandido

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Vai em busca do pai esta criança
Pálida e triste, anêmica e franzina
Que lembra, tão despida de esperança,
A rosa emurchecida da campina

Vai só, a estrada é solitária e escura
Há um atalho onde o terror habita,
De repente ela pára, treme e grita,
Que mãos estranhas o pulso lhe segura.

A bolsa ou a vida, alguém lhe brada
Erguendo o punhal assassino,
Ela, tremendo de susta, quase morta, espavorida

responde, reconhecendo a fala
A bolsa, sou pobre, não a tenho
Mas a vida, tu me deste, meu pai, podes tirá-la.

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