CAPÍTULO 10

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🌻

Eu não estava com mentalidade para decidir nada hoje.

Minha cabeça realmente doeu a noite inteira. Mal dormir e para completar aqui estou eu, acordada as cinco da manhã.

O presente que comprei para Mel ainda não tinha chegado em sua província, pelo que fiquei sabendo o correio ficou parado em algum lugar e demoraria alguns dias para ser entregue.

Tudo que eu mais queria era poder ficar deitada em minha cama por no mínimo uma semana, sem preocupações, sem afazeres, sem decisões...

Só eu e meu travesseiro.

Virei para o outro lado da minha cama e me cobri por inteira com o edredom, meus pés congelavam de frio, mas lá fora não chovia.

O quarto escuro e a casa silenciosa me ajudaram a dormir novamente.

E meu sonho era acordar somente no ano que vem.

[...]

Eu definitivamente tinha passado do meu horário de acordar habitual.

Ainda não tinha visto o meu relógio, mas eu conseguia sentir.

Deveriam ser o que? Dez e meia da manhã?

Apesar da minha provável desestabilidade de horários meu corpo se recusava a levantar.

A cama estava confortável o suficiente para me tentar a ficar deitada nela o dia todo.

Minha preguiça hoje estava maior do que tudo. Passei a mão em meus olhos sentindo meu corpo estremecer com a mudança de posição, provavelmente passei muito tempo na mesma.

Hoje eu não iria sair de casa, eu me recusava a fazer isso, e o meu corpo também.

Peguei meu celular na cômoda ao lado da minha cama para mandar uma mensagem a Amber, avisando que estava um pouco indisposta a comparecer hoje e que ela poderia decidir o que quisesse, já que conhecia bem o meu gosto.

De certo modo eu não estava mentindo, e minha enxaqueca de ontem só ajudaria a confirmar minha indisposição.

Fechei os olhos por conta da luz do celular e esperei que eles se acostumassem com o brilho para que eu pudesse mandar a mensagem, e assim que eles vizualizaram a tela meu corpo se levantou em um salto, me fazendo ficar um pouco zonza, e dois segundos sem visão. Me segurei no colchão até se sentir melhor.

"Droga, já são uma da tarde?", calcei minhas pantufas rápido e desci as escadas indo olhar o relógio da cozinha.

Por mais que fosse improvável que o meu relógio estivesse errado. E realmente não estava. Era mesmo uma hora da tarde.

"Como eu pude dormir tanto assim", me sentei na bancada da ilha colocando as mãos na cabeça.

"Oh, acordou querida", mamãe apareceu na cozinha com um cesto de roupas.

"Porque não me chamou mamãe?", resmunguei.

"Eu chamei, mas sua porta estava trancada e você não escutou", eu emiti algum som sem sentido e arrumei meu cabelo.

Como Ser Uma Rainha - LIVRO 2 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora