Prólogo.

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Tudo começou assim...

Numa tarde, fria e sem graça, ela estava sozinha à procura de algo que a distraísse. Em meio a pensamentos vazios, havia um que não saia de sua cabeça, aquele rápido flash de alguém que ela mal conhecia, e mesmo sem entender o porque disso, manteve-se a procura de algo que a tirasse do tédio.

Enquanto isso, em um lugar não muito longe dali, havia outro alguém que não parava de pensar em quem era aquela garota de olhar tão intrigante?!

Alice, decide sair pra caminhar e ver se tira Robert da cabeça. Desceu por uma rua próxima a sua casa, esse era o seu lugar preferido pra caminhar. Pois, não haviam muitas pessoas e ela podia se perder em pensamentos sem se preocupar em morrer atropelada ou esbarrar em pessoas mal-humoradas.

Ela se fixa em pensamentos comuns, aqueles que não possuem nenhuma ligação com o tal Robert. Pensou nas provas e em sua grande preocupação com aquela prova de Física. Apesar, de gostar bastante de exatas (e ser considerada anormal por isso), o professor não facilitava nada com essa matéria super complicada.

Bem, chega de escola. To me tornando muito estressada. Acho que...

De repente, algo que nunca acontecia nessa rua, aconteceu. Eu simplesmente, quase derrubei um garoto. Ele era alto e forte e... Oh, meu Deus, é o Robert.

-Desculpe-me, digo envergonhada.

-Tudo bem, eu que estava distraído. Enfim, o que faz aqui tão cedo?

-Apenas caminhando, tentando não idealizar coisas impossíveis. E você?

-Digo o mesmo. Podemos caminhar juntos?

-Claro, porque não?!

"Porque isso nunca vai acontecer, você vai se magoar novamente. Corre, Alice, corre !" - Gritava minha consciência. Resolvi não ouvi-la.

Conversamos sobre muitas coisas e me permiti observá-lo. Tinha algo naqueles olhos, um quê de mistério neles, um belo sorriso e aquela boca que as vezes tenho vontade de beija-la. Mas isso nunca vai rolar, como um garoto desses ia querer ficar comigo.

Decidi que iria pra casa e ele, quis acompanhar-me. Ao chegar a porta da minha casa, eu disse:

-Bom, é aqui.

E ele me puxa e me abraça, eu não hesitei e nem me arrependo. Me senti muita segura em meio aos braços dele, ficamos por muito tempo abraçados. E disso eu me arrependo: de ter dito que iria embora. Ele me abraça forte e nos olhamos. Eu queria beijá-lo, mas só disse que tinha que voltar pra casa. Me despedi, entrei e Robert seguiu parado na porta, observando meus passos, até que a porta se fecha. O que ele tem que me deixa desse jeito?

O estranho romance de duas pessoas estranhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora