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Eva

O recinto estava cheio.

Á medida que as pessoas entravam, o local enchia-se mais e ficávamos ali todos juntos uns aos outros.

Não era fã de festas. Mas desde que me juntei às meninas novas, comecei a ver a minha vida de um modo diferente. E desde que fui á festa do Chris Penetrator, senti vontade de ir a mais. Percebi que tinha de aproveitar a vida, e que não a vivia se estivesse sempre fechada em casa.

    - Que noite incrível!
- comentou a Vilde, animada enquanto segurava o copo na mão -

- Vá lá que disses-te uma frase sem mencionar o nome do William.

Gargalhamos com o comentário da Sana. A loira lançou-lhe um olhar irónico e depois acabou por se rir.

   Senti um toque no ombro e ao olhar para trás, dei de caras com o Chris. O rapaz deu-me um sorriso e acabei por lhe devolver um também. Os seus lábios pousaram no meu rosto, e o rapaz murmurou perto do meu ouvido que se precisasse de algo para lhe mandar mensagem. 

Assenti e olhei-o a sorrir.

Depois, retirou-se do grupo, o que fez com que os olhares das quatro raparigas pousassem em mim.

- Sim...?

- Anda aí coisa. - interviu a Sana, o que me fez balançar a cabeça - Eva?

- Juro que não há! - juntei as mãos, tentando parecer séria embora não tivesse conseguido conter um sorriso - Eu e o Chris somos só amigos!

- Com essa intimidade toda, de certeza que são amigos coloridos.

Respondeu a Chris, levando as restantes a rirem. Voltei a negar que não se passava nada entre nós e encolhi os ombros, olhando ao redor.

      
      - Olha, tu e a Sana também deviam de arranjar uns meninos. Não faltam é cá deles aqui dentro. - gozei -

- Ai Eva, não há paciência para boys.
- respondeu a Sana - Prefiro ser livre, sem ter de levar com chatices e isso.

Balancei a cabeça.

Entendia o que a rapariga queria dizer, e no fundo até estava certa.

(...)

Sentada no sofá passeava pelas redes sociais. Já não aguentava de tanto dançar com as raparigas.

Estava tudo na festa a curtir, até mesmo o grupo do Jonas. Sabia que ele tinha o direito de se divertir e não podia parar a vida por minha causa.

Nem eu queria isso. Apesar de ter sido muito estúpida com ele, só queria vê-lo bem e feliz.

Andava há minutos a tentar receber uma resposta do Chris. O rapaz não me respondia, levando-me a pensar se tinha o telemóvel em silêncio ou se estava a dançar noutro canto. Mas começava a ficar preocupada pois já não o via desde há meia hora atrás.

Bytte ➳ Chris SchistadOnde histórias criam vida. Descubra agora