Me chamo Guilherme, tenho 19 anos e sou um rapaz normal, na melhor ou pior definição da palavra. Pele morena clara, cabelo preto azulado mas quase liso apesar da minha etnia geralmente ter cabelos mais crespos, não sou muito alto mas tenho braços que parecem me dar a impressão de ser alto, sou magro também, nada de músculos mas com alguma definição, imagine o Jacob de Crepúsculo com o cabelo curto, só que magro ao invés de forte como ele parecia no filme, este sou eu.
A cidade onde moro é relativamente pequena se comparada a "cidade grande" onde as coisas realmente acontecem, se bem que minha cidade é o que você chamaria de cidade "dormitório" uma vez que só sem vem aqui pra dormir, e o que você imaginar tem que ser feito em outra cidade, quer um exemplo? Olha só, aqui não tem faculdade, hotel, shopping, estádio, teatro nem nada do tipo, essa é minha realidade, aqui só tem duas academias e um Subway.
Então como ficou claro eu só durmo na casa onde moro com os meus pais, faculdade pela manhã, estágio durante a tarde e anoite quando eu chego em casa minha rotina se baseia em Netflix e dormir.
Mas isso logo vai mudar.
O Professor está quase terminando a aula de sexta feira ''Bem turma, cada faculdade selecionou dez alunos pra concorrer a uma vaga no seminário de BBQ com um Chefe Argentino" todos ficamos empolgados, como aspirantes a cozinheiros aprender com um argentino sobre churrasco é o máximo "E da nossa faculdade houve um escolhido" as mulheres começaram uma onda de murmúrios "Guilherme Melo" todos me olham "Parabéns, pela próxima semana você vai participar do seminário durante cinco noites no Hotel Lá Pumia"
Durante a saída algumas das minhas "colegas" vieram falar comigo.
"Que sorte Gui, você vai aprender tanto!" disse Camila, a quem todos chamam de Cam, uma asiática que quer por tudo que aprendamos sobre gastronomia oriental desde o primeiro semestre.
"É mesmo, o único da faculdade, que sortudo!" comentou Diana colocando a mão no meu ombro, ela é muito atraente, está sempre com esses shorts apertados e decotes ousados, a pele dela é bronzeada e o cabelo tão liso que se fosse julgar diria que ela é descendente de índios.
Eu dou de ombros ''Pode ser, mas pra mim semana que vem eu só vou perder sono, sabem quanto tempo eu levo pra chegar em casa?"
Camila me puxou pelo braço com força me separando de Diana "Pergunta pra ele os macetes de grelhar peixe, ou fazer assado, eu vou adorar aprender" ela está me fitando de perto, o perfume dela é muito doce e forte.
Diana agora foi quem me puxou, é oficial, isso se trata de um cabo de guerra e eu sou o cabo!
"Não mesmo sua demente, ele vai é fazer anotações pra mim e não ficar perguntando coisas inúteis pra você, o chefe é argentino e não japonês, e você nem é japonesa de verdade" Diana tocou na ferida de Camila.
Pra não ver uma briga acontecer e chamar mais atenção resolvo interferir "Meninas, eu posso ajudar as duas, pergunto pra ele sobre o peixe quando for oportuno e faço as anotações" aparentemente apaziguei o caos entre elas.
Elas literalmente só vieram falar comigo agora, neste quase um ano de faculdade são poucas as vezes que nos falamos fora da sala, eu estou rodeado de mulheres e alguns homens na turma, mas os homens só querem saber de falar de futebol e "pegar" as mulheres da sala, se bem que nenhum chegou a ficar com ninguém até onde eu sei, e as mulheres se dividem em dois grupos: as que ficam falando sobre caras perfeitos que não existem, e as que são casadas e até olham pros rapazes da turma mas jamais ficariam com um conhecido ariscando expor uma traição.
Na festa do meio do semestre eu fiquei completamente isolado num canto, só fui mesmo porque paguei pra participar do contrário não teria nem ido, mas foi tão chato que eu pensei em ficar no meu canto e sair mas uma das mais lindas garotas da faculdade inteira veio falar comigo, ela cursa psicologia e eu me atrapalhei todo perto dela como sempre, uma vergonha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Primeira Vez Com Uma Travesti
FanficMeu nome é Guilherme e esta história é sobre a minha primeira vez com uma Travesti. O que começou como quase uma coisa inocente, evoluiu, e agora nada mais é como antes.