Pokémon School

Humanidade

Raikou P.o.v.

É estranho pensar que já se faz muito de mais de mil anos que eu não vejo um humano, não é algo de todo horrores, mas nunca deixo de me abalar quando lembro dessa sociedade que sucumbiu que a nossa atual pudesse se formar. Não me lembro onde eu estava, provavelmente assistindo tudo acontecer, vendo eles lutarem e lutarem até se esquecerem seus motivos, mas sem deixar de lutar, usando métodos cada vez mais violentos e insanos, mas nunca desistindo de lutar. Eu, pessoalmente, não sei se fico com raiva e nojo dos humanos por envolverem os Pokémons em suas lutas doentias, ou se fico minimamente admirado por essa determinação que eles possuem quando a questão é vencer, mesmo que não saibam mais pelo que lutam, tal determinação que se tornou orgulho e dele causou a autodestruição da raça.

O que era apenas um desentendimento entre as regiões se tornou numa guerra de todos contra todos, onde ninguém acreditava em ninguém, matando para sobreviver e lutando para ver mais um dia. Como já dito, eu não me lembro bem onde eu fiquei durante esse período catastrófico, mas recebi ordens superiores que diziam para simplesmente não me envolver, por mais que hajam pessoas cuja vida devem ser salvas do meio desse transtorno. Por fim, tudo acabou, mais de 90 anos de pura chacina até que o último humano caiu, fazendo com que fosse oficialmente declarado que os Pokémons eram a nova raça dominante, mas… Nossos Pokémons de agora não podem ser facilmente comparados com o que um dia já foi visto como atos humanos? Será que os Pokémons estão se "humanizando"?

???: Ei, Rai! Foi mal, ele sempre tem esses momentos de se afundar em pensamentos.

???: Sr. Raikou.

Haviam se passado mais mil anos desde a extinção total dos humanos, finalmente nos foi permitido (todos os lendários) voltar a ter mais influência nas atitudes e atos dessa nova sociedade de Pokémons que se formaria em meio aos destroços da velha civilização humana, nos surpreendendo com o quão rápido os Pokémons estavam se desenvolvendo mais e mais. Ao longo dos anos, nós trabalhamos ao lado deles no nascimento de novas florestas, na fertilização de campos, na reconstrução de casas antigas, entre outras coisas, e, em uma dessas colaborações o qual eu e Entei, conheci um dos primeiros ricos da nova civilização Pokémon, Ronan Sanders, um nobre e educado Delphox que seria o novo morador de uma das melhores mansões da Unnameable City em seu período de construção, localizada onde antes já foi Crown City, em Sinnoh.

Ronan havia oferecido ao Entei e a mim para nos juntarmos a ele na ida a um bar local. Eu tinha a intenção de negar o pedido pois vi o que o álcool faz com os outros, mas Entei tinha interesse incomum no conteúdo alcoólico, então aceitou a oferta de Ronan por ele e por mim.

Já haviam se passado mais de meia hora que chegamos ao bar, nesse meio tempo, Entei e Ronan já haviam bebido mais de 4 copos da bebida mais forte cada um, enquanto que eu optei por um simples copo de água com gelo.

Entei: Nossa, isso realmente tem um gosto estranho, mas nada de tão ruim. - disse sorrindo enquanto via o barman servir o quinto copo dele, não sei se era por ele ser lendário, mas o álcool estava tendo aparentemente pouco efeito nele - Mas é mais estranho usar essas roupas e ficar sobre as duas patas… - disse seriamente incomodado, de fato, nós dois usavamos ternos negros por respeito a ética vestuaria dos Pokémons dessa nova geração que valoriza a preservação de suas intimidades.

Ronan: Ah, mas esse terno ficou ótimo em vocês, e fico feliz de saber que gostou da bebida, agora sei que posso ter um parceiro para me acompanhar nas idas aos bares. - disse sorrindo alegremente, demonstrando certo arrastamento em sua fala, dando leves sinais de embriaguez.

Entei: Pode ter certeza de que aceitarei seu pedido quando você quiser. - disse sorrindo - Você também tá gostando, Rai?

- Hum? Ah, sim, está bem divertido. - digo com falsa animação - Sr. Sanders, desculpe ser muito direto, mas eu imagino que o senhor tenha nos convidado para mais do que somente beber, imagino eu. - digo com seriedade, analisando bem sua feição e reparando que o mesmo, apesar de estar quase bêbado, demonstrava estar receoso quanto a falar sobre suas reais intenções.