Colapsos!

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Não fazia uso de nenhum aparelho electrónico. Isso desde à Afrika do sul. Sim, era novembro cheirando à dezembro, época de férias para à comunidade estudantil ir curtir às férias na banda. Apesar dos problemas, nossa Angola é mátria! Nem devo mencionar o calor humano, sorrisos nas ruas e espírito de entreajuda dos irmãos. A maioria faz ao contrário eu sei mas há ainda excepções.
Em nenhum ápice dormiu esse jovem, facto que prendeu minha atenção. Mas não dei bandeira mulherada! Sempre cuidadosa e discreta. Numa única posição encarava a longa viagem sem conversas, apenas olhares davam conta do sinal vital.

Pra quem já viajou em voos domésticos, comerciais e não só, com muita comunidade angolana sabe do que falarei. Muita alegria, simpatia, pesa embora tantos ignorância desnecessária. Mas que muitas vezes que demonstram seu senso humano tarde, na queda de aviões. Tão logo dão conta que compraram sua passagem pra morte de forma boçal, calma. É isso mesmo? Como o ser humano evoluí bastante, parabéns. Tão logo acabava de falar com meus botões ( cogitar ), parecia uma voz surda chamando meu corpo pra um monólogo tão próximo ao ponto de me deixar molhada o suficiente. Nós mulheres perdemo-nos com tanta dúvida, era isso que sentia mais de 2h naquele avião. Meu organismo quase que definia o termo metamorfose, era muita mudança instantânea pra tão curto tempo.
Não sou estudante de saúde mas sei bem quando às coisas precisam do nosso remédio. No fim todos precisamos um do outro, quer espiritualmente ou não (...)

O meu banco ficou molhado, com tanto frio no avião, indereitava seus cabelos. Era o famoso rabo de cavalo que o acabava de fazer! O terreno ficou escuro em tão pouco tempo. Parecia não conhecer tais dedos na parte lateral do pescoço, que cheirava Paco Rabano. Com toques amenos que provocava estragos por baixo. Meu âmago perdeu-se sem conseguir definir caras ou coroas. Era o despertar do sentir apenas.
Com o calor mal se importava, àquilo parecia os jogos de finais de anos nas periferias. Entre guerras e amassos pela vida. Qual bombeiro qual quê? Quero me manter acessa por toda vida.

Com pouca pressão deslizava como nunca à mão sobre meus seios já todos em vida. As coisas em público vibram! Meu vestido lã quase que já sabia de tal viagem, obedecia como nunca por cada toque tentador. Parecia em terra. - mas o pará não vinha daquelas mãos transformadoras.

" Mamilos só são mamilos quando bem tocados sem permissão ".

O avião que Nunca Tive.Onde histórias criam vida. Descubra agora