Em busca da Paz.

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Em alguns momentos desejava paz mas àquela guerra, à derrota orgânica das células mortas no meu corpo. Ganhei vida por alguns instantes, mas já era tarde. Meus pelos levantaram-se em sinal de protesto de qualquer paragem, daquela mão deisendo minha barriga.
Ó meu Deus! Deia-me um sinal nesse momento por favor. Quase ninguém ouvia meu clamor. Parecia quiabo minhas nádegas de tanto Ranho presente. Ó não. Por favor! Era simples cogitar adorando cada toque no meu umbigo. Passámos por aves, gaivotas e quase beijavámos morcegos. Hum, mas não aconteceu.

Mulher gosta de sentir-se satisfeita e bem atendida. Menti  pra mim que sentia, sem notar perdi à classe me esticando toda por algo estranho em mim. Entrou!
Cada mão com seu papel. Cresci ouvindo isso e mais. Que devo entregar às coisas sempre, mas sempre mesmo com à mão direita e nunca com a esquerda. O ensinamento ganha outro rumo quando sentido! Isso pouco importava aí, bem me pareceu outra coisa... As coisas aqui já estava no meio, eu, com a boca semi aberta inalando qualquer coisa desconhecida. Ocupando toda boca com sua forma mui conhecida por mulheres saboreando como ninguém, aí percebi que era oxigénio!

Ai os toques ganharam outra velocidade, mas sempre com delicadeza, sensibilidade e amor. À força nunca será maior que o jeitinho! Sempre que és novo a coisa é outra. - como assim? - mal se importava com o sujeito. Eu sou pragmática o suficiente pra odiar o predicado. Pois, era à minha mão sentindo a urina jorrando pelo banco. Ó que vergonha, de novo! Maldito jovem.
Um exercício de 360° fitei o culpado de tudo. Com o mesmo posicionamento mas com uma folha branca girando-a constantemente. Só aumentou minhas dúvidas! Quem será esse tipo? Pra onde vai? - mulheres adoram mistérios. Com um semplante fechado, mas com às portas da alma aberta fitou-me pela primeira vez. - seu olhar é assustador.

Julgava que esse clima arrumava meu lindo vestido de lã. Mas não, contínuo molhada. Tenho de fazer alguma coisa, pensava. Tão logo passe esse cheiro forte de ambiente, hão de perceber que urinei.  Parecia não ser real, alguém lá no fundo gritou fortemente: " O mundo é partilha ".
Fez-se um silêncio já mais visto naquele avião. Nem o barulho do nada cabia ali. O silêncio cura! Por alguns instantes sentia-me segura mesmo sabendo que poderá vir turbulência pelo caminho. Não consegui virar mediante tais olhares, sem recentimento algum. Sem quaisquer movimento no avião, parecia que os pilotos estacionaram o mais recente " BOING AIRBUS " próximo dos Anjos. - um avião muito econômico sem janelas laterais - não morro sem subir voando num destes.

Por norma todos deviam ser assim sem janelas laterais. Tava tão calmo que até às aeromoças fitavam pra trás de mim tão delicadas. Veio várias coisas em minha cabeça mas nunca a possibilidade de voltar à olhar. Há coisas que assustam mas muita gente desrespeita opiniões e escolhas. Foi então que recordei às histórias contadas pela bússola em cada fim de dia; " A RÃ SOLITÁRIA ".

Bússola era, ou melhor, é o amor que nunca mais terei.

O avião que Nunca Tive.Onde histórias criam vida. Descubra agora