O restante da semana foi comum. Eu acordava, levava Sofi, fazia absolutamente nada o resto do dia, buscava ela, fazíamos bobagens de crianças e depois íamos dormir.
Hoje finalmente é sexta, não que isso vá mudar algo já que nesses 4 dias de férias a semana passou monótona e chata. Tirando alguns detalhes que chegaram até me tirar o sono.
Por falar nele, nada mais aconteceu, eu nem aí menos vi Lauren na porta da escola, também não a procurei, nem ao menos lembrei dela. Tirando ontem, que ao mostrar um biquíni já a bastante tempo comprado para minha irmã, ela me perguntou o que eram aquelas marcas compridas e quase cicatrizadas nas minhas costas. Eu nada disse, óbvio, pedi a ela que tirasse fotos e então notei serem arranhados. Eu não fiquei com ninguém fora Lauren. Só podia ter sido ela.Depois desse acontecimento minha irmã cismou com o fato de eu estar escondendo algo dela, mesmo eu dizendo que aqueles arranhados foram eu mesma quem fiz. E então, de quinta a tarde até agora, sexta feira 10h da manhã, eu estou pensando no que eu e Lauren fizemos na terça.
Tem sido um tédio, eu penso nela obviamente apenas como uma ficante, mas tem sido divertido embarcar nessa aventura de manter um "relacionamento" em segredo por se tratar de uma adolescente. Na verdade não sei como chamo isso. Foram alguns beijos e passadas de mão que me deixaram numa situação bastante crítica. Mas nada que ninguém nunca tenha feito antes. Como eu disse, apenas tem sido divertido e diferente pensar que uma garota de 17 anos já pensou em tirar minhas roupas, provavelmente.
Hoje eu não levei Sofi a escola, quebrando minha palavra ao dizer minha rotina diária. Mas hoje foi excessão. Eu estava acordando cedo, e minha irmã sabendo da minha dificuldade de dormir durante a tarde, me pediu que eu dormisse até mais tarde, pois hoje iríamos sair.
Eu perguntei várias onde e que horas, ela simplesmente me deixou falando sozinha e agiu como se nada tivesse acontecido.
Eu, como a bela velha que sou, estou ansiosa pra onde essa pirralha vai me levar.
Não vou mentir, assim que cheguei em Miami, eu quis conhecer o mundo, eu ia pra festas todos os finais de semana, bebia até mal conseguir andar, até diferentes tipos de entorpecentes passaram por minhas mãos... Ou nariz, que seja. De qualquer forma, não me orgulho dessa parte, mas tenho que dizer que sair pra se divertir com amigos sempre vai ser bom. Depois dos meus 23 anos, minha vida se estabilizou, eu parei de sair, arrumei um emprego fazendo o que eu amava (defender pessoas aleatórias que não sabem aceitar as consequências de seus atos mal intencionados) e nunca mais encostei um cigarro se quer na boca. Claro que alguns fins de semana eu bebia alguma cerveja, chopp, mas nada que me deixe sem saber como mover as pernas para me locomover.
Eu precisava me deixar agradável. Meu emprego exigia unhas apresentáveis, cabelo impecável e roupas chiques, confortáveis e sérias. Mas não quer dizer que esse meu lado fez com que meu lado festeira apagasse. Nada das minhas roupas de "antigamente" foi jogado fora ou doado. Eu me recuso a comprar roupas para festas do tipo balada, pois as que frequento quase sempre são festas chiques banhadas a Chandon que embrulha meu estômago mas que finjo gostar, afinal, advogados devem também serem chiques. Hoje será uma excessão, provavelmente, mas pra hoje eu tenho uma roupa.
Já se passavam das 17, Sofi me ligou avisando que se arrumaria na casa das amigas, o que me chateou um pouco, e depois ela me mandaria o endereço para buscá-las.
Ela não me disse quem iria ou quando. Apenas para que eu me arrumasse para ir até o "Sugar Club". Apesar do nome brega talvez meio sexual, ele era bem chique, bastante caro para as economias que eu dava a Sofia e também, proibido para menores. Claro que eu sabia que método usava para entrar e de onde vinha o dinheiro. Papai pagava qualquer coisa pra Sofi, era só ela dizer que estava fazendo um curso novo e então ele enviava o dinheiro a mais, e óbvio que ela usava de identidades falsas. Quanto a isso, terei que conversar com ela e proibi-la, mesmo sabendo que ela voltará a fazer, mas avisarei apenas pra não dizer que não avisei quando ela for pega, e que para não fique feio para mim, sendo advogada, tendo uma irmã que é uma mini criminosa.
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Just A Little Girl
FanficMeu nome é Camila Cabello, tenho 28 anos e atualmente moro com minha irmã mais nova de 17 anos, que nunca termina de me apresentar suas amigas. Porém, nenhuma mais me importou quando uma de olhos verdes pisou na minha casa.