Laços do Crime || Imagine Taehyung

We have to be careful

Pov's Taehyung

Encarei o homem na minha frente com atenção. Sua expressão podia me dizer muita coisa, o que facilitaria a minha conversa com ele se atingisse seus pontos fracos. Sua mandíbula estava tensa e pequenas gotículas de suor se formavam em sua testa. As mãos estavam fechadas em punhos e seus olhos, apesar de parecerem firmes, estavam tentando não demonstrar o medo que crescia cada vez mais. Aquilo me fez sorrir e eu cruzei as mãos enquanto acenava para Hoseok com a cabeça.

Hoseok pegou uma papelada e a jogou na frente do nosso convidado. O homem me encarou confuso e eu apenas fiz sinal para que ele se concentrasse em fazer a leitura do que lhe entregamos. Conforme os minutos iam passando, o terror surgia em seu rosto naturalmente. É claro, aquilo não me surpreendia. Eu elaborei aquele "contrato" com cláusulas muito interessantes, no meu ponto de vista, além de colocar as consequências que ele sofreria se descumprisse o que foi proposto.

 – Isso é brincadeira, não é? – a voz dele estava trêmula e eu sorri de canto. – Está me pedindo para assinar a minha própria sentença de morte?!

 – É claro que não, senhor. – tentei esconder a minha diversão. – Essa não é a sua sentença de morte, mas posso fazer isso acontecer se não fizer o que eu digo.

 – O que pretende com isso?

 – Tenho certeza de que tem conhecimento dos nossos feitos. Por que não responde essa pergunta por conta própria?

O homem pensou por algum segundos e começou a rir com desdém.

 – Quer derrubar o governo? – ele riu mais alto. – Essa é a maior idiotice que já ouvi na minha vida! Como acha que pode fazer isso?

Sua ignorância me divertia de uma maneira que conseguia arrancar risadas de mim. Levantei minha mão esquerda e, na mesma hora, as cabeças dos seus dois seguranças da esquerda do homem foram ultrapassadas por duas balas. Os corpos caíram na mesma hora e aquilo causou terror entre nossos convidados. Os outros dois seguranças não ousaram mexer um músculo. As balas não foram ouvidas, por isso, pegaram todos de surpresa, menos eu e meus amigos. Meu sorriso ficou ainda mais grande depois que vi o quão assustado o homem estava.

 – Gosta de xadrez? – perguntei enquanto me recostava na cadeira de couro.

 – X-xadrez? – sua voz não suportava mais a confiança que demonstrava no início da nossa conversa. Ele estava com os nervos a flor da pele.

 – Imagino que tenha conhecimento das peças do jogo. – Seokjin trouxe um tabuleiro do jogo, juntamente com as peças pretas e brancas. – Por que não jogamos uma partida? Seja as peças brancas, faço questão de que comece.

Enquanto arrumávamos as peças, eu percebia que seus dedos apertavam certas peças com um pouco mais de força. Quando terminei com a minha organização, observei seus dedos apertarem o último peão que foi colocado em posição. Era tão fácil saber o que se passava na sua cabeça, me fazia querer questioná-lo sobre querer entregar a partida logo de cara.

 – O que pretende com isso? – perguntou, movendo a primeira peça.

 – Mostrar que não sou ingênuo como pensa. – copiei seu movimento.

Ele não respondeu e continuou com sua estratégia fraca. Eu sabia que ele era um bom jogador, assim como a maioria dos meus alvos. O homem fazia suas jogadas com confiança, como se sentisse que estava na minha frente, algo em que estava muito enganado. Ele sabia dos meus planos, mas não sabia que eu nunca começo algo sem ter 100% de certeza de que iria sair vitorioso.

 – Xeque! – comemorou o homem, o que me fez rir. – Qual é a graça?

 – Vocês são todos iguais, sabia? – após mudar os meus peões de lugar, o rei dele estava completamente cercado pelas minhas peças. – Xeque, e, por sinal, mate.